
“Eu não sou eu sem ser jornalista”
Conheça a história da Jornalista Graziane Ubiali
Por Edilson Alves
Graziane Ubiali nasceu em Concórdia, Oeste de Santa Catarina. Aos 16 anos de idade, mudou-se para o estado do Paraná, onde permaneceu por dois anos, retornou a Florianópolis onde iniciou sua graduação, estudou na Universidade Estácio de Sá como bolsista, concluindo seu curso no ano de 2007, formando-se em 2008.
Graziane formou-se com o melhor índice acadêmico de sua turma, ganhou o prêmio de honra ao mérito acadêmico pela a Associação Catarinense de Imprensa e foi premiada também com o melhor Trabalho de Conclusão de Curso.
Sua carreira no jornalismo teve início na extinta RBS TV, onde trabalhou por três anos. “A RBS TV foi de muita importância para mim, lá apresentei o quadro Desaparecidos, onde me deu visibilidade tanto aqui no estado como nacionalmente, viajei para várias cidades do Brasil, entre elas Brasília, ganhei premiações em minha trajetória por lá, tenho orgulho de ter iniciado minha carreira na RBS, lá foi minha escola”.
Ela também teve passagens pela RIC TV/ RECORD, onde ficou por dois anos como repórter e apresentadora, ao deixar a RIC ficou fora da TV por alguns meses, retornando em seguida para o Grupo SCC/ SBT, lá permaneceu por cinco anos como repórter e apresentadora, em seguida foi para a TVBV/ BAND-SC, onde começou como repórter permanece até hoje, agora como apresentadora do jornal SC Acontece.

Seu amor pelo jornalismo vem desde a infância. “Desde criança, eu fui representante de turma, aquela que queria dar voz aos colegas, eu não podia ver algo errado que já ia argumentar”. Graziane sempre correu atrás das oportunidades, mesmo antes de se formar, passou por vários estágios, entre eles, o Instituto Federal de Educação, TV Justiça-SC, Prefeitura de Florianópolis, entre outros. “É muito importante para o estudante, se sujeitar ao estágio, pois isto faz uma grande diferença na hora de buscar um emprego”.
Falando nos desafios e reportagens marcantes, ela relembra uma das reportagens que marcaram sua carreira. “Eu acompanhei todo o caso de uma família catarinense que estava hospedada em um apartamento, em Santiago no Chile, em 2019, onde todos morreram asfixiados por monóxido de carbono, eu acompanhei tudo, desde a chegada dos corpos até o enterro.”
Na vida de repórter, muitas histórias ficam nos bastidores, uma dessas histórias aconteceu na RBS TV, quando Graziane acompanhava uma denúncia de um secretário de obras, ele tentou escapar várias vezes de ser entrevistado por ela, mas não teve jeito, em uma dessas tentativas, ele sabendo da presença da repórter e sua equipe no ambiente, ele tentou fugir pelo estacionamento, mas foi surpreendido por ela. “Eu só tinha a carinha de boazinha, mas era firme na cobrança! e continuo sendo firme no sentido de cobrar providências, cobrar respostas, pois essa é a nossa função como jornalista.”

Falando do jornalismo hoje em dia, com a chegada das redes sociais, Graziane nos lembra do cuidado com a desinformação. “Não podemos acreditar em tudo que vemos ou ouvimos, não podemos aceitar tudo de mãos beijadas, as redes sociais são sim de grande ajuda para nós hoje, porém cabe a nós checar as informações, independentemente das fontes, pois o maior desafio hoje para nós é apurar os fatos com rapidez.”
Apesar de tudo, ela se diz realizada na carreira por poder dar voz às pessoas que talvez não tem, por poder transformar a vida das pessoas, por prestar um serviço à comunidade, poder ter histórias novas para contar.
“Já pensei em mudar de profissão, por conta de um episódio negativo com um colega, me desliguei do jornalismo por um tempo em função disso, mas decidi voltar, pois eu não sou eu sem ser jornalista.”
Graziane dá conselhos para quem está começando a carreira no jornalismo: “Permita-se ser testado, aproveite cada minuto da faculdade para treinar texto, áudio, vídeo, aproveite o tempo da faculdade para se preparar para o futuro, pois é no período da faculdade que o mercado irá começar a te enxergar e claro, sempre manter a nossa humildade, pois não nascemos sabendo.”