quarta-feira 13 de novembro de 2024

Revista Digital do Bom Jesus/Ielusc – Revi

Coordenação:
Profa. Ma. Maiara Maduro

Redação:
Diogo de Oliveira
Leonardo Budal Arins

Coordenação de Jornalismo:
Profa. Dra. Marília Crispi de Moraes

Endereço:
Rua Princesa Isabel, 438 – Centro
CEP 89201-270 – Joinville – SC
Fone: (47) 3026 8046 – 3026 8047
www.ielusc.br/revi

Síntese da nossa história

A Revista Eletrônica do Bom Jesus/Ielusc foi criada em 1998, ano de fundação do curso de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc, para ser um projeto que ampliasse os conteúdos das disciplinas para além do espaço formal da sala de aula. Naquele mesmo ano ainda eram insípidas as iniciativas de jornalismo digital em Joinville. O jornal A Notícia, por exemplo, o mais tradicional da cidade, trabalhava com o conceito de transposição: o material que circulava no jornal impresso era revertido, na íntegra, para a rede, em html. Nas faculdades de jornalismo do estado o ambiente digital também era pouco explorado: somente na Universidade Federal havia um projeto com proposta semelhante, criado no mesmo ano.

A primeira proposta da Revi era focada na cobertura de temas de variedades – cinema, bares, lazer etc. Mesmo assim, havia um forte caráter de experimentação, pautado, principalmente, na concepção de aventura presente no projeto político pedagógico do curso.

O uso das novas ferramentas estava atrelado à disponibilidade de equipamentos técnicos por parte do Bom Jesus/Ielusc e também ao tempo dos próprios acadêmicos – que assim como os jornalistas do mundo todo entravam pela primeira vez em contato com um meio de comunicação novo e com potencialidades diferentes.

Mas a primeira grande virada da Revi ocorreu no início dos anos 2000, quando a revista passou a pensar em conteúdos voltados para servidores, professores e alunos, dissociado do que era produzido pela assessoria de imprensa.

Em 2004, uma reportagem em áudio celebrava os seis anos do projeto trazendo-o para o contexto da convergência digital. Além dos textos, áudio e vídeo passariam, a partir dali, a integrar o conteúdo produzido no âmbito da Agência Experimental de Jornalismo, que abrigava a Revi. Era a semente do que a revista tem hoje em seu projeto pedagógico – utilizar diferentes mídias no exercício do jornalismo e agregá-las no ambiente digital.

Depois desse período, o projeto passou por alterações na sua estrutura. A Agência Experimental deixou de existir e a Revi caminhou sozinha. Depois de 2004, o layout passou por apenas duas modificações. A primeira, em 2010, com a migração para o mesmo sistema do portal do Bom Jesus/Ielusc. A segunda, em 2013, com a migração para a plataforma WordPress.

Ancorada nos princípios expressos no Projeto Político Pedagógico do Curso de Jornalismo do Bom Jesus/Ielusc, a Revista Eletrônica esteve na vanguarda das faculdades de comunicação, por seu caráter inovador e pioneiro. De acordo com o documento, o curso é alicerçado em dois desafios: o primeiro é “ser digno da tradição que identifica a área de conhecimento em que se inserir”, já o segundo é “afetar-se pelo que acontece, pelo imprevisível que emerge” (Bom Jesus/Ielusc, 2008).

A Revista Eletrônica sintetiza esses dois aspectos, na medida em que se funda sob as bases dos cânones jornalísticos, mas, ao mesmo tempo, permite a subversão desses mesmos cânones ao buscar a experimentação de novos formatos e linguagens.

Como projeto, a Revi guarda a missão, desde seus primórdios, de ser um ambiente de desenvolvimento das técnicas jornalísticas, sempre aplicadas levando em conta reflexões sobre o jornalismo e seus elementos éticos e estéticos. A concepção das pautas e o exercício da reportagem visam o desenvolvimento de um olhar humanista do acadêmico e seu entendimento da função social que ocupa. Busca, também, fomentar que os estudantes percebam que há um mundo a ser descoberto para além das pautas e temas da agenda da mídia tradicional. Trata-se, na gênese, de apontar para um jornalismo livre, aberto e plural, com uma concepção libertária e libertadora.

  1. Introdução

A informação é um direito de todo e qualquer cidadão, daí a importância de os veículos de comunicação que a utilizam como matéria prima agirem com transparência. Agir com transparência, nesse caso, significa divulgar amplamente sua política editorial, levando ao público inclusive sua fonte de financiamento, seus anunciantes e os limites aos quais se subordina.

Como um veículo de informação experimental, a Revi traz em sua política editorial a utopia e a semente do jornalismo como serviço público, como produtor de um conhecimento específico e como agente social. Na ênfase ao serviço público, consideramos que somos capazes de fomentar diálogos e debates de interesse social. Como produtores do conhecimento, consideramos que nossas reportagens podem impactar o leitor no seu modo de compreender os fatos e o mundo. Como agentes sociais, inserimo-nos em um campo de permanente disputa com outros agentes e instituições e nos dispomos a cumprir o papel da mediação.

Este documento foi redigido para mostrar ao leitor quem somos e o que é importante para nós. Vemos a ética como principal estruturador do nosso fazer jornalístico. Acreditamos na técnica e na estética como pontos de suporte ao nosso interesse maior, que é fazer a diferença para quem nos lê, nos assiste e nos ouve. Temos total consciência de que nossos produtos muitas vezes pecam nas dimensões que apresentaremos a seguir, mas nossos processos não: eles são e serão, sempre, leais ao texto que se segue.

1.1 Nossa missão

Alavancar, por meio das ferramentas do jornalismo, temáticas relevantes para estimular o debate público, apostando na diversidade, pluralidade de fontes e nas ferramentas de comunicação multimídia.

1.2 Nossa visão

Ser uma referência na produção de conteúdo multimídia tendo como foco temas de interesse social e como base a prática do jornalismo humanizado em suas dimensões ética, técnica e estética.

1.3 Nossos princípios e valores 

Humanização
Este é nosso princípio norteador: a valorização da essência da ação e figura humana através de um olhar, perspectiva e ponto de partida diferenciados na produção das pautas jornalísticas. Pensamos na humanização como um conceito que atravessa a dimensão técnica – no que se refere a valorizar boas histórias e bons personagens – e ética – no que se refere ao cuidado com as fontes e ao olhar humanizado para fatos e temas de interesse social.

Veracidade e correção
A preocupação com a informação precisa e que fomente a reflexão e o reconhecimento das publicações equivocadas é vista como essencial à credibilidade do produto jornalístico, que envolve o processo de apuração até a produção das reportagens.

Respeito à imagem e informação
O respeito pelo direito de privacidade do indivíduo e pela dignidade humana constituem-se como nossa preocupação. Tratamos a informação levando em consideração suas particularidades e diversidades.

Incentivo ao debate
A promoção de produtos que geram a reflexão e discussão do público através de pautas e reportagens diferenciadas.

Valorização da diversidade
A busca por diferentes opiniões e olhares sobre determinado assunto como fatores que contribuem na expressão da diversidade social.

Estética e inovação
A preocupação e a busca por uma estética que resulte no aperfeiçoamento da comunicação. O resultado deste compromisso é a utilização de ferramentas e técnicas que impactam no olhar do nosso leitor sobre os fatos, sobre seu entorno e – por que não – sobre o mundo.

  1. Eixos Definidores/ Conceitos editoriais

2.1 Jornalismo Humanizado
Entendemos que o jornalismo deve ir além do “dar a notícia” para compreender os fenômenos sociais que nos cercam. Para isso, no desenvolvimento de nossas pautas não nos preocupamos com a dimensão humana somente nos textos, mas também na busca e no trato com as fontes. Acreditamos que o jornalismo humanizado atravessa as dimensões ética, técnica e estética no que diz respeito à abordagem das fontes e descrição dos personagens, cuidado e zelo na escrita e na apresentação daqueles que aparecem em nossas pautas.

2.2 Jornalismo como fomentador do debate público
Acreditamos no poder do jornalismo como formador da opinião pública, por isso, prezamos pela diversidade de fontes, pluralidade de visões e a humildade de correção dos conceitos tratados em cada pauta. Nosso papel é levar o leitor a debater assuntos que lhe interessam a partir de uma informação de qualidade, que o deixe apto a compreender os fatos e a pensar sobre eles.

2.3 Jornalismo como estímulo à produção do conhecimento
Enxergamos o jornalista como uma espécie de professor, como alguém que produz conhecimento sobre os fatos e sobre o mundo ao seu redor. Além de transmitir o fato e ser um gerador de notícias, cremos que o jornalismo também é um fomentador de novos aprendizados, sendo um incentivador para o leitor aprender novos assuntos ao tratar de temas que estimulem a busca do conhecimento.

  1. Linha Editorial

3.1 Código de Ética

3.1.1 Bom Senso: Saber usar palavras certas e amigáveis nas entrevistas e textos. Não abusar da função de jornalista para denegrir a imagem do entrevistado. Cuidar sempre com a exposição da imagem.

3.1.2 Veracidade: Buscar ouvir o maior número de fontes possível para comprovar e explicar o fato. Vários argumentos no mesmo acontecimento, gerando pontos de vistas distintos.

3.1.3 Conduta: Valorizamos sempre a profissionalidade e honestidade. Constituem-se como atos de conduta inadequada, por exemplo, aceitar ou praticar suborno, não revelar a identidade de repórter daREVI, descontextualizar falas, alterar palavras. Em caso de serem oferecidos presentes, o jornalista deve recusar e explicar o ocorrido no texto.

3.1.4 Correção: A notícia é algo que envolve a imagem e vida social das pessoas, por isso, quando produzida de forma equivocada,poderá ter um impacto negativo na vida de alguém. Informações que contenham erros nos depoimentos do entrevistado, interpretações equivocadas ou mesmo erros de informação serão corrigidas com uma errata explicativa, sinalizando onde o material foi modificado. É preciso corrigir e/ou criar uma nova chamada nas redes sociais, explicando o equívoco.

3.1.5 Relação com o IELUSC: Em termos estruturais a REVI pertence à estrutura da Associação Educacional Luterana BOM JESUS/IELUSC. Tratamos a instituição de maneira respeitosa, como qualquer outra instituição de ensino que venha a ser tema de nossas pautas. Não deixamos de noticiar e informar os acontecimentos na instituição, sendo ela positiva ou negativa. A Revi é um projeto custeado pela universidade, mas prioriza a independência e liberdade editorial.

3.2 Técnica 

A Revi acredita que para escrever um bom texto jornalístico, os seguintes pontos são fundamentais:

3.2.1 Qualidade de informação
Dados precisos, informações verdadeiras.

3.2.2 Diversidade de fontes
É importante variar as fontes em cada pauta. Por mais que uma determinada fonte se encaixe em mais de uma pauta, é fundamental buscar conhecer fontes diferentes e, com isso, opiniões e pontos de vista diferentes.

3.2.3 Maior número de versões possível
Uma reportagem ou uma notícia escrita com apenas um ponto de vista não serve para incitar o debate e incentivar a reflexão do leitor. A Revi aborda os fatos de todos os pontos de vista possíveis, para fugir de estilos de texto sensacionalistas.

3.2.4 Personagens
Buscar contar histórias de personagens, nas pautas em que isso se encaixa, para deixar o texto mais rico e humano.

3.2.5 Credibilidade
Para escrever um texto com credibilidade, a Revi procura falar com fontes seguras (sites reconhecidos, estudiosos do assunto em questão, etc), divulgar dados precisos, e escrever com clareza.

3.2.6 Simplicidade
A Revi busca escrever de forma simples e clara para que mais pessoas tenham acesso ao texto. Isso não significa que vamos tratar os fatos de forma simplista, mas sim traduzi-los para alcançar uma maior compreensão dos leitores.

3.2.7 Contextualização
Um bom texto jornalístico é aquele que, além de informar, contextualiza o leitor sobre determinado fato. Contextualizar as informações das pautas, portanto, é um ponto fundamental para que ocorra uma melhor interpretação do texto.

3.2.8 Apuração
A Revi prioriza as entrevistas feitas pessoalmente, mas tem como segunda e terceira opção, respectivamente, a entrevista por telefone e a entrevista por e-mail. Utilizamos, exclusivamente, fontes confiáveis de informação. Pesquisar em diversos meios o assunto a ser tratado na entrevista e valorizar as informações disponíveis na internet, principalmente em banco de dados de interesse público, também fazem parte das nossas práticas.

3.2.9 Interação com o leitor
Buscamos interagir com o leitor por meio da linguagem ou das redes sociais, em que incentivamos os comentários e a participação.

Nossa inspiração
Temos como inspiração veículos de mídia alternativa, que produzem conteúdos multimidiáticos. Esses veículos produzem reportagens de fôlego, utilizando também recursos como fotografias, vídeos, podcasts, e infográficos. São sites que primam produzir matérias que contextualizam o leitor e que incentivem o debate e a reflexão sobre o tema proposto.

3.3 Estética 

3.3.1 Estrutura textual

3.3.1.1 Subtítulos
Buscamos abordar um mesmo tema sob abordagens diversas e, para isso, utilizamos subtítulos e tópicos que permitem ao leitor obter mais informações e debater sobre eventuais contrapontos.

3.3.1.2 Hiperlinks
Acrescentamos hiperlinks internos e externos no decorrer das reportagens para ampliar os conhecimentos e analisar de que maneira outros veículos tratam a mesma informação.

3.3.1.3 Interação
Utilizamos, como forma de interação, recursos multimidiáticos afim de tornar nossas publicações mais atraentes. Interagimos com o público através de redes sociais, estimulando à leitura de nossas reportagens.

3.3.2 Conteúdo multimídia

3.3.2.1 Infográficos
Para demonstrarmos os dados numéricos informados na matéria, optamos por produzir infográficos. Não possuímos profissionais de programação, dessa forma, trabalhamos com plataformas gratuitas.

3.3.2.2 Fotografias 
As reproduções devem servir como complemento do texto e para chamar atenção do público alvo. Não divulgamos imagens de crianças sem autorização de seus responsáveis e prezamos pelos direitos de imagem das fontes. Além disso, a cobertura pode ser realizada através de recursos mobiles viabilizados por smartphones.

3.3.2.3 Vídeos

Produzimos conteúdo amador, com equipamento próprio ou dispositivos móveis. A decisão de transformar uma pauta em vídeo ocorre a partir de uma reflexão sobre a qualidade das imagens que ela pode gerar e sobre como isso irá enriquecer o conteúdo. Trabalhamos com vídeos-depoimentos organizados como narrativas, mas também utilizamos o vídeo como recurso para mostrar nossa fonte ao leitor.

Entre os principais cuidados estético estão a escolha do ambiente que iremos retratar e dos elementos de edição – tais como trilha e design. Com relação à ética, evitamos cortes sequenciais em depoimentos e somos rigorosos quanto a proteger fontes em vulnerabilidade ou deturpar a fala dos entrevistados.

3.3.2.4 Podcast
Nos importamos em gerar debates que enfatizam o tema da reportagem, sem nos prendermos a roteiros, proporcionando, assim, esclarecimentos sobre um assunto que mereça ser tratado com mais profundidade. Buscamos fontes especializadas e técnicas para debateres estes assuntos com rigor científico e qualidade argumentativa.

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