
UBSF Nova Brasília recebe Tarde Cultural gratuita nesta sexta
Projeto do Instituto IMPAR transforma unidades de saúde em espaços de cultura por um dia como forma de conscientizar sobre a importância da arte na promoção da saúde
Nesta sexta-feira, 24 de outubro, a UBSF Nova Brasília terá uma rotina de trabalho um pouco diferente. Além dos atendimentos médicos normais, a unidade será palco para os artistas que vão se apresentar na Tarde Cultural, das 14h às 17h. Gratuita e aberta à toda comunidade, o evento é uma iniciativa do Instituto IMPAR, com o apoio da Secretaria de Saúde de Joinville.
O objetivo é conscientizar as pessoas sobre o potencial da arte no cuidado com a saúde mental e o bem-estar. A iniciativa vai ao encontro do que propõe a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementaresdo SUS, que desde 2017 reconhece manifestações artísticas como práticas de prevenção e promoção de saúde, a serem ofertadas especialmente na atenção básica à saúde.
Na UBSF Nova Brasília, a comunidade vai poder desfrutar de uma programação diversa, que inicia com a apresentação do Grupo de Teatro Louco é Pouco, associado ao IMPAR. Em seguida, o professor Robson Benta, que dirige o grupo, realiza uma vivência artística.
Também sobem ao palco, que será montado nos fundos da unidade, os músicos Tiago Catafesta e Gabriel Marcondes, para um duo de piano e violino tocando clássicos da Disney; e na sequência o músico Victor Sarmanho e banda. As apresentações de dança ficam por conta do Grupo A-nimal e do Studio de Dança Juliane Bonato.

Durante o evento o público também poderá participar de oficinas artísticas de capoeira, com a mestra Karlinha Reis; de artes visuais, com José Mauro Silva; e de literatura, com o escritor Jura Arruda. A programação conta ainda com brechó e venda de artesanato da Repart, lanche da tarde e uma roda de conversa sobre saúde mental.
“Nosso objetivo é mostrar para as pessoas que todo mundo pode fazer arte e tê-la como uma aliada para lidar com questões especialmente de saúde mental. O teatro, a dança, a música, o desenho, entre outras manifestações têm a capacidade de nos ajudar a elaborar e expressar sentimentos, sem que a gente precise de técnicas elaboradas para isso”, aponta Manoella Carolina Rego, presidente do IMPAR e produtora do projeto.
“Essa iniciativa é fundamental porque reconhece que a saúde não se resume à ausência de doenças. Ela abraça o conceito ampliado de saúde, que envolve qualidade de vida, bem-estar emocional e relações sociais. Promover atividades culturais é mais do que entreter, é criar espaços de socialização e fortalecimento de vínculos entre as pessoas. Crianças, jovens, adultos e idosos encontram na comunidade de saúde um ambiente acolhedor onde podem aprender uns com os outros, compartilhar experiências e construir redes de apoio”, afirma Deise Tatiane Corrêa Pereira, coordenadora da UBSF Nova Brasília.
Toda a programação da Tarde Cultural conta com acessibilidade física, intérprete de Libras e audiodescrição.
As Tardes Culturais fazem parte do projeto “Arte e Saúde Mental para Todos”, do Instituto IMPAR. A iniciativa foi contemplada no Edital de Pontos de Cultura promovido pela Prefeitura de Joinville, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc. A realização é do Ministério da Cultura e Política Nacional de Cultura Viva. O projeto também conta com o apoio da Secretaria de Saúde de Joinville.

Louco é Pouco participa do 1ª Congresso Brasileiro de Arte, Cultura e Saúde Mental
Nos dias 29 e 30 de outubro, o Grupo de Teatro Louco é Pouco e o professor e diretor Robson Benta participam da programação do 1º Congresso Congresso Brasileiro de Arte, Cultura e Saúde Mental, e do XV Encontro Catarinense de Saúde Mental.
O evento científico será na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e vai reunir profissionais da saúde, das artes, pesquisadores e acadêmicos para discutir a relação entre arte, cultura e a saúde mental coletiva.
Na quarta-feira, 29, 14h, no Teatro Carmen Fossari, o Louco é Pouco apresenta a peça “O que você sabe sobre mim?”, estreada no final de 2024 e que reflete sobre como a sociedade rotula as pessoas com base em suas características e diagnósticos. Já na quinta, dia 30, Robson realizada uma oficina de vivência em teatro, com base nos princípios metodológicos do Programa Arte para Todos, desenvolvido pelo Instituto IMPAR há 13 anos.

O Grupo Louco é Pouco é um coletivo de experimentação em teatro, performance e contações de histórias, formado por artistas com múltiplos perfis, pessoas com transtorno mental, neurodiversas e com outras características. A peça que será apresentada no congresso brasileiro é também título de um documentário longa-metragem que está sendo produzido sobre o grupo pela Futuro Coletivo Filmes, com estreia prevista para 2026.