Acadêmicas de Jornalismo vão produzir série sobre doenças raras
Uma doença é considerada rara quando atinge, no máximo, 65 pessoas em cada 100 mil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 13 milhões de brasileiros enfrentam doenças raras. Entre essas pessoas está a acadêmica Júlia Venturi, que tem esclerose múltipla. Foi com a intenção de incentivar outras pessoas a assumirem seus problemas de saúde que a estudante de jornalismo uniu-se à colega Ana Carla Rubi para planejar uma série de entrevistas com pacientes que convivem com doenças raras.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, Ana e Júlia não puderam executar as reportagens, mas apresentaram o planejamento e roteiro para a banca avaliadora de projetos experimentais, composta pela orientadora do trabalho, Beatriz Cavenaghi, e pelas professoras Kérley Winques e Maiara Maduro. “Com nosso trabalho, queremos trazer um acalento para que as pessoas entendam que um diagnóstico não é uma sentença de morte e vai ficar tudo bem”, relata Júlia.
Cada episódio da série trará a visão de um personagem, a fim de gerar um impacto positivo naqueles que foram recém-diagnosticados com alguma enfermidade. “Buscamos distinguir bem um personagem do outro e não só colocar a doença em evidência”, conta Ana.
Kérley elogiou o conteúdo do trabalho das acadêmicas, por conta da boa abordagem que fizeram.“Trazer um conteúdo sério, num período de desinformação na internet é imprescindível”, disse. A doutora sugeriu que as futuras jornalistas utilizem mais relatos em primeira pessoa, porque Júlia é uma das fontes. Maiara sugeriu incluir fontes masculinas na série. “É um tema pouco abordado pelas grandes mídias”, observou Maiara. “A gente tem certeza da importância desse trabalho e o quanto ele tem para crescer”, afirmou a professora Beatriz ao anunciar a nota 7,5.