Associação Joinvilense de Teatro faz 17 anos
No final de 2000, atores e atrizes da cidade de Joinville sentiram a necessidade de unir forças em um movimento que permitisse o encontro, a reflexão e mais visibilidade aos trabalhos desenvolvidos pelos grupos locais de teatro. Nesse mesmo ano, foi realizado o Fórum Permanente de Teatro, com o objetivo de oferecer um espaço de reflexão e um canal representativo do movimento teatral.
Em dezembro de 2001, o Fórum se transformou em um órgão representativo oficial, a Associação Joinvilense de Teatro (Ajote). Para instalar oficialmente a associação, com ações concretas, o movimento organizou uma mostra pensada e realizada pelos atores locais. Para isso, depois de contatos com a Fundação Cultural, a Ajote começou a utilizar um dos galpões da Cidadela Cultural Antartica e realizou a primeira edição do CENA.
Para manter o espaço ativo, em março de 2002 surgiram novos projetos: Escola vai ao Galpão e Cena Aberta. Ao longo dos anos, outras iniciativas foram surgindo, como o Verão Teatral, que em 2017 completou cinco edições e Projeto de Manutenção (com dez edições realizadas). Os projetos influenciam os grupos a tomarem novas iniciativas, provocando novas ações coletivas, entre elas o Encontro Estudantil de Teatro (6ª edição em 2017), Encontro de Formas Animadas (2ª edição em 2018), Encontro de Palhaçaria (2ª edição/2017).
O Galpão de Teatro da Ajote tornou-se referência em nível nacional, pois é um espaço cedido pelo poder público, administrado atualmente por nove grupos do teatro: La Trama Cia Teatral, MeroAcidente!, Rústico Teatral, Studio Teatro, Ícaro Teatro, Grupo Teatro Canto do Povo, Essaé Cia, Abismo Teatro e Dionisos Teatro. A associação conquistou, no dia 6 de julho de 2007, o título de utilidade pública teatral de Joinville por promover espetáculos e pesquisa, além de contribuir para a circulação e produção de espetáculos em nível nacional.
Na última semana, o Galpão contou com apresentações do musical The Rocky Horror Picture Show (um musical de comédia de terror britânico de 1975). Fernanda Meinert, uma das atrizes, destaca o esforço de todos que participaram da peça. “É sempre incrível”, resume.
Para ser realizada, a peça também contou com a colaboração de alguns alunos de Design para elaboração do figurino. Gabriel Augusto da Silva está no 2º ano de Design de Moda na Univille e participou do projeto colaborativo. “Foi uma experiência incrível, tanto profissional quanto acadêmica”, disse. A peça contou com o apoio do Simdec (Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura).
A Ajote também busca proporcionar aos grupos associados uma gestão qualificada do espaço na Cidadela, com serviços de limpeza, técnico de som e luz, produtor, agência de arte/criação de material de divulgação e assessoria de imprensa. O espaço é constantemente usado para a produção de espetáculos, seminários, fóruns, oficinas, workshops e reuniões. A Ajote ainda colabora com shows acústicos, de circo e dança, proporcionando acesso cultural a mais de 250 mil pessoas ao longo de sua história.
Saiba mais no documentário produzido em 2016