Mulheres lideram manifestação em Joinville
Por Gabriela Puccini
Joinville também fez parte dos protestos do movimento nacional batizado como #EleNão, em repúdio a posicionamentos preconceituosos do candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. Na tarde de sábado, o Parque das Águas e ruas centrais de Joinville foram tomados pelos manifestantes, a maioria mulheres. Com cartazes, faixas, camisetas e gritos, a passeata teve duração de quase duas horas. Cerca de duas mil pessoas atenderam ao convite das organizadoras, feito pelas redes sociais.
O protesto reuniu pessoas de todas as idades, de crianças a idosos. Participaram simpatizantes de diferentes partidos políticos e de movimentos sociais. Para a professora Maria Gisele Peres, a manifestação foi importante para o atual momento político do país. “Hoje é o dia em que a gente está falando não à violência contra a mulher, não à homofobia e a toda forma de violência”, avaliou. A estudante de Arquitetura, Rafaela Eccel, afirma que o ato político contra Bolsonaro foi importante para a representação da comunidade feminista, LGBTQ+ e outros grupos. “Estou admirada com a quantidade de pessoas que tiveram vontade e coragem de ir às ruas e exigir seus direitos”.
Para uma das organizadoras do movimento em Joinville, os objetivos foram plenamente atingidos. Quando a passeata passou por um grupo de apoiadores de Bolsonaro, na Rua do Príncipe, um cordão humano de isolamento foi formado por participantes do #EleNão, a fim de evitar respostas a provocações.
Os manifestantes seguiram até uma praça, ao lado do camelódromo, onde ocorreram vários discursos. Houve manifestações do movimento #EleNão em todos os estados do país e também no exterior.