Estudo analisa interações da audiência com fact-checking
A acadêmica Laura Bona Moll, com orientação da professora Amanda Miranda, analisou as interações da audiência nas postagens de fact-checking (serviço de checagem) de “Aos Fatos” sobre o atentado a Jair Bolsonaro. A banca avaliadora contou com as professoras Lívia Vieira e Wania Bittencourt. A necessidade das checagens surge com a disseminação das fake news (notícias falsas).
Laura contou que sua primeira intenção era analisar as interações da audiência com o fact-checking durante as eleições, mas o atentado a Bolsonaro foi de maior relevância por conta da tensão política e social criada, assim como as consequências ao andamento do processo eleitoral. O objetivo foi analisar como os usuários das redes sociais reagiram às publicações de checagem sobre o atentado realizadas pela agência Aos Fatos. A mudança na forma de comunicação entre jornalistas e leitores dentro das redes sociais foi um dos aspectos mais estudados.
Ao todo, foram 34 posts de fact-checking na Agência, entre 6 e 14 de setembro. Houve registro de 276 comentários e respostas nas publicações, no Facebook, Instagram e Twitter. A análise foi de carácter qualitativo e selecionou 68 cometários para a pesquisa, aqueles mais expressivos. O material foi dividido em três categorias: polarização ideológica; discursos de ódio, pós-verdade e opiniões políticas; qualificação do trabalho da Agência, elogios, circulações de posts, “zoações” com a Agência e críticas aos selos utilizados; engajamento positivo, auxílio no trabalho, envio de prints e colaboração ao processo de produção.
A professora Wania pontuou a importância de se preocupar com a interação dos leitores e diz que Laura evoluiu desde o projeto inicial. Lívia elogiou o texto de fácil leitura, além de ressaltar a bibliografia atualizada e a predominância de mulheres entre os autores pesquisados. A acadêmica foi aprovada com nota 8,5.