Machismo de torcedores de futebol é abordado em trabalho acadêmico de Jornalismo
Em sessão de videoconferência prestigiada por acadêmicos de várias fases do curso de Jornalismo e também de Publicidade e Propaganda da Faculdade Ielusc, além de egressos, Gustavo Luzzani apresentou ontem sua monografia “O Mundial das Mulheres: uma análise da cobertura da Copa do Mundo de futebol feminino 2019 no Globoesporte.com e na Trivela”.
As professoras Maria Elisa Máximo e Marília Crispi de Moraes avaliaram o trabalho, orientado pela doutora Kérley Winques. Já passava das 22h30 quando a sessão terminou e Gustavo recebeu nota máxima e muitos elogios pelo resultado da pesquisa.
O estudante comparou a cobertura da copa de futebol das mulheres nos dois veículos de comunicação, um tradicional e o outro independente. “A ideia é ver como o Globoesporte e o Trivela abordam as questões de gênero nas matérias”, explicou o acadêmico. Ele também analisou os comentários do público sobre as publicações e concluiu que o público do Globoesporte mostrou-se mais machista que o do Trivela. “Há o preconceito no site do Trivela também, mas nele é muito mais comum ter elogios ao futebol feminino do que no Globoesporte”, afirmou.
Tanto Marília quanto Maria Elisa elogiaram a coragem do acadêmico por abordar questões relacionadas às mulheres mesmo não ocupando naturalmente esse lugar de fala. Maria Elisa destacou que o futebol faz parte da construção da masculinidade do brasileiro. “Você soube entender e tratar neste trabalho o machismo sofrido pela mulher no futebol”, avaliou.
A orientadora de Gustavo emocionou-se com o trabalho do futuro jornalista por ter várias referências a jornalistas mulheres, inclusive a egressas do Ielusc que também estudam o tema, como Letícia Demori, Camila Campos e Letícia de Castro. “É muito bom quando um aluno abraça a pauta e busca vários pontos de vista”, analisou Kerley.
Foto Capa: EBC