Atleta olímpico treina canoagem em Joinville durante a pandemia
O canoísta Edson Silva busca uma vaga para as Olimpíadas de Tóquio, adiadas para próximo ano. “Edinho“, como é conhecido, é natural de Porto Alegre, mas – durante a pandemia – treina no Iate Clube, em Joinville. Em 2016, ele participou dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro.
Por causa das medidas restritivas do governo gaúcho no combate à pandemia, Edinho não pode treinar no seu estado. No Rio Grande do Sul, atletas de algumas modalidades, como a canoagem, devem treinar por apenas duas horas, iniciando às 6 horas da manhã e terminando às 8. “Está cheio de bandeira vermelha lá. Vim para Joinville, porque , por mais que a cidade também seja afetada pelo coronavírus, há possibilidade de treinamento de alto nível”, conta Edinho.
O atleta está satisfeito com Joinville, pela facilidade de treinar em academia e na água. “A baía onde estou treinando é propícia para a prática da minha modalidade, por ser calma e permitir que eu faça um bom treino”, avalia.
O esportista também adota a leitura como forma de se manter motivado durante o período de isolamento social. Além disso, a família, o coach, a psicóloga e os amigos o ajudam sempre que necessário. “Agradeço as pessoas presentes na minha vida. Mas tenho em mente que só dependo de mim para atingir os resultados”, destaca.
Canoagem luta por patrocínio
Mesmo sendo um atleta de alto rendimento e com uma carreira cheia de conquistas, Edinho encontra dificuldades para conseguir patrocinadores, pois sua modalidade não é muito valorizada no Brasil. “O patrocínio na canoagem depende de cada atleta”, afirma.
Na opinião de Edson, as conquistas de Isaquias Queiroz ajudaram a divulgar a canoagem. Isaquias é o maior medalhista brasileiro em uma mesma edição dos jogos olímpicos. Ele faturou três medalhas nas últimas Olimpíadas. “No Brasil é fácil conseguir patrocínio para futebol. Na minha modalidade é mais difícil e, inclusive, estou à procura de patrocinadores”, relata Edinho.
Atualmente, o canoísta conta com três patrocinadores: fisioterapeuta, nutricionista e empresa de automóveis. “Esse último faz uma revisão no meu carro, para que eu consiga transportar o caiaque para treinar”, explica.
Edson começou a praticar canoagem aos 13 anos. Aos 21 anos, recebeu a primeira convocação para integrar a Seleção Brasileira. Já conquistou 82 medalhas em competições nacionais e outras 76 internacionais.