Repórter da Globo abre Jornalismo Muda o Mundo
A 7ª edição do Jornalismo Muda o Mundo começou na noite desta terça-feira (12) no anfiteatro da Faculdade Ielusc. Foi o primeiro JMM presencial após o início da pandemia de Covid-19. O evento teve um bate-papo com o repórter da Globo, Ricardo Von Dorff, além da participação de acadêmicos, egressos e professores. Outra atração foi o anúncio do resultado do “ 1º Prêmio Jornalismo Muda o Mundo”, concurso interno.
O pontapé inicial do JMM foi dado por Ricardo Von Dorff, que traz em seu currículo grandes coberturas e inúmeros prêmios. O jornalista, que tem inspirações como Marcelo Canellas, Sônia Bridi e Ernesto Paglia, relatou que começou a trajetória em um curso de formação da RBS por seis meses.
Depois desse período, Von Dorff conta que percebeu através de feedbacks positivos, que tinha facilidade em formatar uma reportagem e apresentar fluidez na forma de escrever o texto. Esses fatores deram confiança para perceber o jornalismo como sua vocação.
Durante a noite, Ricardo comentou sobre algumas das coberturas que participou na carreira. Uma delas foi a tragédia do Vale do Itajaí, quando 135 pessoas morreram no desastre natural. Ele passou sete dias fora de casa e teve que presenciar cenas marcantes, como um pai cavando a lama para encontrar o corpo do próprio filho. Ricardo afirma que foi necessário segurar as emoções, mas quando a cobertura acabou, não conseguiu resistir, “Chorei quando cheguei em casa, pois passei o tempo todo reportando da forma mais objetiva, segurando a onda”, revela.
Além de relatar as experiências vividas em 35 anos de jornalismo, Ricardo reforçou a importância do jornalismo para a democracia, alegando que é preciso enxergar a profissão como uma força civilizatória. “É iluminar o que tá escuro, vigiar o poder, dar voz pra quem não tem voz e melhorar a comunidade onde a gente vive”, afirma.
1º Prêmio Jornalismo Muda o Mundo; conheça os vencedores
Após o bate-papo com Ricardo, o público conheceu os vencedores do “1º Prêmio Jornalismo Muda o Mundo”. Ao todo, 12 acadêmicos concorreram, sendo que 19 reportagens foram enviadas para avaliação. As produções foram avaliadas por uma comissão julgadora formada por docentes da Faculdade Ielusc.
O 1º lugar foi conquistado por Társila Laiani Elbert, com a reportagem “O outro lado da ponte”, escrita em 2019 para a disciplina de Jornal Laboratório 1. Társila ganhou como prêmio ingressos de uma caravana para um programa de auditório e um curso de inglês.
Com a reportagem “Ação do homem na natureza deixa Joinville submersa”, escrita em 2021 para a disciplina de Jornalismo Impresso 3, Marcelo Henrique Antunes do Amaral conquistou o 2º lugar. O aluno ganhou um curso de inglês, um kit café e um par de ingressos de cinema.
Fechando o pódio, Lucas Matheus de Borba garantiu o 3º lugar com a reportagem “Entidades atuam na ressocialização de detentos em Joinville”, escrita para o jornal Primeira Pauta, em 2019. Ele recebeu um curso de inglês, um kit café e um combo hambúrguer.
Segunda dia de evento terá lançamentos de projeto e livro
Nesta quarta-feira (13), JMM continua com o lançamento do “Primeira Hora Audiolab”, um projeto destinado à elaboração de produtos de áudios por acadêmicos. Além disso, o público irá prestigiar e conhecer a história de dois profissionais jornalistas. Um deles é professor ou professora do curso, no quadro “Quem é o Jornalista?”. Já o “Sobrenome Ielusc” terá um bate-papo com um egresso. Nesta edição, o jornalista atua na editoria esportiva. A noite se encerra com o lançamento do livro “O nono poste da XV de Novembro”, do egresso Herison Schorr.