Discotecagem joinvilense: conheça a Turbilhão
Coletivo joinvilense de música eletrônica se destaca pela produção de eventos na cidade
Por Luiz Fedumenti
Se aprofundar em pesquisas musicais, criar conexão com o público e amar música: estes são os pilares que podem resumir muito bem a essência da Turbilhão. Há mais de quatro anos nas pistas, o coletivo de DJ’s se destaca na cidade por produzir eventos muito bem decorados, aconchegantes e com diversas atrações.
O coletivo foi fundado em 2018, pelas mãos de Willian Israel Guimarães – vulgo Wiss -, professor de discotecagem por hobbie e DJ. Ele conta que a ideia de fundar o grupo surgiu a partir do convite de um aluno para organizar eventos de música na cidade. “A proposta era tocar um som mais despojado nas novas casas de evento que surgiam na cidade, sem focar somente em música eletrônica”.
O grupo de DJ’s que formam a Turbilhão é composto por Wiss, Badeya e Kibo.
Com mais de 10 anos de caminhada no mundo das mixagens, transitando entre diversos eventos e gêneros musicais, o experiente DJ revela que foi no Soul, Disco e House Clássico que encontrou o norte para dar início ao coletivo. “O nome Turbilhão surgiu com o intuito de englobar todos os estilos, mas esses três gêneros são a base que nos levam para diversos caminhos”.
Wiss reforça a importância dos discos e da música analógica ao comentar que, boa parte de suas pesquisas, surgiram através de discos achados em sebos e lojas locais. “Quando comecei a montar minhas tracklists, percebi a quantidade de gêneros escondidos nas prateleiras de lojinhas aqui da cidade. A minha coleção tem muitos discos comprados em sebos, por mais que hoje em dia a maioria das pesquisas sejam feitas via internet”.
Além do enfoque em músicas mais orgânicas, outro ponto que se destaca no coletivo é o cuidado com a ambientação e a riqueza em detalhes visuais em seus eventos. Sejam as luzes bem destacadas nos artistas e na pista de dança, seja a estrutura do ambiente que permite conforto ao público com as diversas atrações. “Eu sempre achei que a música tem um poder simples de unir pessoas diferentes em uma única pista“, enfatiza Wiss.
Estratégias como envolver o público, antes da festa, com materiais, sets e fotos das últimas edições é outro ponto importante para gerar identificação e atrair novas pessoas. “Quero que o público se sinta o mais confortável possível para dançar e aproveitar a experiência ao máximo”, completa o residente da Turbilhão.
Perguntado sobre os planos do coletivo para 2022, Wiss reafirma que o foco está em continuar produzindo eventos em Joinville, buscando atrair os holofotes do resto do país para a cidade. “Acredito que tenha pouco conteúdo do que fazemos aqui na região, e isso é a razão perfeita para fazer os rolês por aqui mesmo”.