Edição de 2022 da Feira do Livro de Joinville tem palestra de professora do Ielusc
Por Eduardo Gums
Durante a Feira do Livro de Joinville, edição 2022, a professora Maria Elisa Máximo realizou uma palestra sobre ensino durante tempo de pandemia. Ela leciona o curso de Antropologia no curso de Jornalismo da Faculdade Ielusc. Apresentada no palco principal às 19:30 da noite do dia 10 de junho, a palestra contou com um pequeno público que incluía alunos e professores da instituição. Os docentes foram representados pela coordenadora do curso de Jornalismo, Marília Crispi de Moraes.
Nomeada como “O ensino durante a pandemia: percepções, experiências e horizontes futuros”, a palestra durou cerca de meia hora. Nela foram discutidos temas como: As dificuldades dos estudantes, as experiências pessoais da palestrante com o tema e as necessidades de uma pesquisa como aquela para o meio acadêmico.
“A pesquisa nasceu das dificuldades que enfrentamos no início da pandemia, com a adoção do ensino remoto emergencial”, conta ela. Detalhando os objetivos da pesquisa, ela explica que as instituições precisavam entender o que ocorria com os alunos enquanto assistiam às aulas no remoto. Isso foi necessário para que as instituições pudessem criar estratégias mais eficientes. Ela revela que a pesquisa nasceu em julho de 2021 e durará, em seu planejamento, até abril de 2023.
Ela explica em entrevista, que neste planejamento inicial, a pesquisa não tinha perspectiva de resultados concretos e que a pesquisa tem como objetivo “Compreender as experiências e significados produzidos durante a pandemia”. Nisso ela detalha que entra o ensino, a aprendizagem e a vida universitária.
Sobre o ensino e a aprendizagem ela explica que ambos foram muito afetados. Segundo detalha, os alunos perderam um espaço importante e as relações sociais foram muito prejudicadas. No aspecto social ela detalha que o fato da pandemia ter sido acompanhada por uma crise econômica, fez aumentar a evasão escolar e causou uma diminuição no número de matrículas. Segundo a professora, os alunos mais afetados foram os de baixa renda e mais vulneráveis economicamente. “Quanto mais vulnerável é o aluno, mais ele será afetado”.
O impacto da ida ao remoto para aqueles alunos que entrarão no mercado de trabalho é possível e uma realidade. Ela explica que o mercado mudou muito durante a pandemia, com algumas empresas indo para o remoto e outras nascendo no remoto. Segundo a docente, se os alunos não conseguirem se adaptar e se atualizar, eles serão muito afetados quando entrarem no mercado de trabalho.
As consequências da pandemia segundo ela serão muito sentidas. O impacto na saúde mental será uma das consequências. “As instituições terão que investir em RH. Mas isso significa investimento e as universidades estão passando por uma crise”. Segundo ela, o cenário é de muitas incertezas e detalha algumas tendências que causam preocupações.
Ela explica que algumas instituições promovem reestruturações importantes em seu modo de trabalho. Isso acabou causando uma ampliação de atividades realizadas remotamente. Também ocorreu uma redução do corpo docente, intensificando o teletrabalho. Ela, porém, destaca que no momento nada é definitivo e que tudo precisa ser acompanhado com cautela.
Sobre a importância de ambientes como a feira do livro, ela destaca que é interessante para a divulgação da leitura e da cultura no geral, assim como de trabalhos acadêmicos.