Abertura da Copa do Mundo 2022: tabu de 16 anos quebrado
A competição já traz surpresas logo na primeira partida
Desde 2006, o país-sede da Copa do Mundo é quem abre o torneio. Antes, quem o fazia era o campeão da edição anterior. A partir dessa modificação, nenhuma seleção anfitriã havia perdido na estreia. A abertura desta edição no Catar, no entanto, trouxe surpresas. A seleção do Equador quebrou um tabu de 16 anos, vencendo os donos da casa por 2 a 0.
Estatisticamente, a partida foi equilibrada. Equador teve 53% da posse de bola e 6 chutes (3 em direção ao gol) e a equipe da casa, 47% de posse e 5 chutes (nenhum ao gol). Além disso, a seleção equatoriana executou 486 passes, enquanto o Catar fez 434. O que desequilibrou o jogo, porém, foi o alto nível técnico apresentado pela equipe latina, com marcação alta, domínio do meio-campo e jogadas alternativas. Também se sobressaiu a individualidade de Enner Valencia, maior artilheiro equatoriano em Copas do Mundo com 5 gols (2 marcados neste jogo).
O primeiro gol do Equador aconteceu aos 2 minutos do primeiro tempo, mas foi anulado pelo VAR logo depois por impedimento. Depois, aos 15 minutos, foi marcado o primeiro gol válido com a cobrança de pênalti de Valencia. Aos 30 veio o segundo com uma forte cabeçada do mesmo jogador. A partida teve um total de 30 faltas, 15 cometidas por cada time. O Catar recebeu 4 cartões amarelos e o Equador, 2. Nenhuma desleal ou perigosa.
As duas seleções já haviam se encontrado anteriormente em três amistosos internacionais. A disputa sempre foi acirrada. Uma vitória para cada lado e um empate. O último encontro, em outubro de 2018, terminou em 4 a 3 para o Catar. Com esta vitória, a equipe equatoriana obtém 50% de aproveitamento em jogos contra o Catar.
A cerimônia
A festa de abertura do torneio aconteceu no Al Bayt Stadium, na cidade de Al Khor. O evento foi marcado pela participação do ator norte-americano Morgan Freeman e do influenciador local Ghanim Al Muftah, portador da síndrome de regressão caudal. Ambos emitiram uma crítica às normas da região muito restritivas aos direitos das mulheres e das minorias.
Depois disso, o cantor sul-coreano Jung-Kook, referência no K-Pop, subiu ao palco para se apresentar ao lado de Fahad Al Kubaisi, celebridade do Catar. A cerimônia contou ainda com shows de dança, tecnologia, luzes, mascotes de outras edições do torneio e bandeiras dos 32 países competidores.
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