Copa do Mundo 2022: expectativas de torcedores estrangeiros
Veja como torcedores de outros países se sentem em relação ao desempenho de suas seleções neste mundial no Catar
O futebol é uma linguagem universal. Independentemente de cultura, idioma ou história, as torcidas sempre têm algo em comum: expectativas, frustrações, alegrias, entre outros sentimentos. Nesta edição da Copa do Mundo no Catar não é diferente. Por isso, a Revi buscou entender como alguns estrangeiros se sentem ao acompanhar suas seleções na disputa do torneio.
A partida de abertura desta edição ficou por conta do Catar e do Equador. As duas equipes se enfrentaram no último domingo (20). O placar terminou em 2 a 0 para os equatorianos. Henry Alex Azanza Ochoa, imigrante do Equador que vive em Joinville, expressa o que sente diante do resultado: “temos muita alegria e confiança, mas também somos realistas”. Para ele, o time equatoriano cairá nas quartas de final. “A seleção nesses últimos tempos tem evoluído muito”, complementa. “O atual esquema tático é parecido com o europeu. Por isso, acredito que ainda terá muita coisa boa neste mundial.”
Outra pessoa latino-americana que acompanha o mundial, mas não crê que sua seleção irá longe, é o mexicano Yered Figueroa. “Tenho a impressão de que esta não é a melhor seleção que se apresentou a um mundial”, assegura. “Há jogadores que a torcida não queria, mas foram chamados no lugar de jovens promessas não contempladas.” A seleção mexicana estreou na quarta-feira (22) contra a Polônia. O jogo terminou em empate. Segundo Yered, falta para os jogadores mexicanos uma motivação que sirva para unir toda a equipe. “Os jogadores se destacam no mundo e a seleção tem tido bons resultados em jogos olímpicos, assim como em mundiais juvenis, mas quando os atletas ingressam no futebol profissional, deixam de crescer.” Para ele, aliás, os favoritos para o título são Brasil e Alemanha.
Campeã da penúltima Copa do Mundo, sediada pelo Brasil em 2014, Alemanha vive um período de crise, mas se desafia a quebrá-lo nesta edição. No mundial de 2018, na Rússia, a equipe alemã foi desclassificada ainda na fase de grupos. Também na Eurocopa 2021 não foi tão expressiva. No último amistoso antes do início da competição deste ano, enfrentou o time catari Bahrein, vencendo-o por 1 a 0 com um gol nos minutos finais. Diante disso, Felipe Montecristo, torcedor alemão, acredita que sua seleção não chegará muito longe. “Da fase de grupos a Alemanha conseguirá passar, mas, depois disso, contra equipes grandes, não terá chance”, afirma. “O time é relativamente jovem e inexperiente.”
Na última quarta-feira (23), a Alemanha estreou perdendo de virada para o Japão. O placar foi 2 a 1. Caso a delegação alemã se despeça do torneio mais cedo, Felipe diz que irá torcer pelo México, por identificação, e pela Polônia, pois sua família tem descendência polaca. Na opinião dele, sobretudo, os favoritos são França, campeã de 2018, e Argentina, vice-campeã de 2014.
Quem também aposta no favoritismo da Argentina é Julian Molina, um dos diversos hermanos que foi para o Catar não só com a esperança de assistir o tricampeonato argentino, mas também de apreciar a última Copa do Mundo de Lionel Messi. Na visão de Julian, a qualidade coletiva da equipe argentina, somada ao sentimento inspirado pelo “último baile” de muitos jogadores, dará ao elenco a inspiração necessária para superar os desafios rumo à taça. “Geralmente, os atletas de alto rendimento, é o que melhor sabem fazer”, argumenta. “Dar o máximo, sempre o máximo até o último momento.” Na terça-feira (22), entretanto, a equipe argentina tomou uma virada da Arábia Saudita, perdendo por um placar de 2 a 1.
Este é o primeiro mundial que Julian viajou para assistir pessoalmente. Anteriormente, já assistiu à seleção na final da última Copa América 2020, ocasião em que a Argentina venceu o Brasil por 1 a 0 em pleno Maracanã, assim como esteve nas Olimpíadas Rio 2016. Sobre a experiência no Catar, ele revela o interesse por conhecer uma cultura totalmente diferente. Além disso, na visão do torcedor, estar em um mundial é algo sem igual: “é como fazer parte da história”.
Falando em viver história, quem assistiu a estreia da Espanha entende o que é isso. É o caso de Sara Caballero, torcedora espanhola que assistiu sua seleção começar o torneio com um placar de 7 a 0 contra a Costa Rica, resultado que entrou para o top 10 das maiores goleadas da história das Copas do Mundo. “Me deu muita alegria, mas também considero que a Costa Rica é uma equipe que nunca foi forte”, revela. “Depois da derrota de Alemanha e Argentina, já estava preparada para alguma surpresa.” Para a torcedora, no entanto, o jogo pareceu fácil. “Para te dizer a verdade, creio que depois do terceiro gol a, Costa Rica jogou a toalha e a Espanha seguiu marcando.” Na opinião dela, não haverá um 7 a 0 contra Alemanha, mas a equipe espanhola poderá ganhar. Espanha e França são as seleções que ela aponta como favoritas para o título.
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