Do boombap ao trap: artistas de Joinville trabalham pelo rap
Por: Lucas Borba
O rap tem vivido seus melhores anos e novos artistas estão sendo lançados. Do trap ao boombap, a cena de Joinville é um reflexo do rap nacional.
Artistas como Amazona MC, Góis, Emeumka, Santiago, Teusleep, Mariá Mond, Karolli MC e 7selvi vêm se destacando nos lançamentos dos seus trabalhos em Joinville. Dos grandes artistas que vieram pra cá, Orochi, L7NNON, MC Hariel e MC Ryan SP agitaram casas de shows, mas sempre atraem mais público que os artistas locais.
Uma das batalhas de rima que acontecem em Joinville é a Rimas do Ghetto. São organizadas todas as quartas, às 20h30, na pista de skate do bairro Guanabara. Todos os artistas citados nesta reportagem sempre aparecem por lá. Rimas do Ghetto é um evento gratuito.
Amazona MC é cantora, trancista, tatuadora, dreadmaker, compositora e auxiliar de cozinha. Com uma rotina intensa, ela já lançou dois álbuns, disponíveis nas plataformas digitais. O mais atual foi lançado no Brasil Grimes Show, quando a artista viajou para o Rio de Janeiro.
Amazona sempre viu possibilidades diferentes das outras pessoas em situações difíceis. Em vez de esperar, ela decidiu fazer. Acredita que é o seu diferencial diante de outros artistas da cena. Assim como muitas pessoas que trabalham com arte, ela precisa de outro trabalho para manter sua renda, bancar suas viagens e produções.
Cria da zona sul, ela passou a infância no Guanabara e a adolescência andando nas ruas do Adhemar Garcia, como o Parque São Francisco, local que tem quadra de basquete e pista de skate. Para ela, o que diferencia um cria de um playboy são suas atitudes, independentemente de ser periférico ou não.
Na visão da Amazona, muitos caras fingem ser do rap, da comunidade, mas trata mal algum desconhecido que vai conversar com ele. Ela questiona: “A questão de ser cria é de ser respeitado na sua quebrada, mas se você não tem respeito nem na sua quebrada, como vai ter respeito em outros lugares?”
Quando ela começou na arte, tinha muita dificuldade de falar sobre sua vida pessoal, mas viu muita facilidade em se abrir quando escrevia. Ela decidiu passar sua vivência por meio das canções. Suas referências locais são J.A.M.A.L e Teusleep, do Costa e Silva, e Japa, do Vila Nova. Nacionalmente, são Nina, Flora Matos e Don L.
Para Amazona, o que ajuda um artista além do talento é a perseverança, porque ninguém nasce sabendo. Na opinião dela, tem casos de gente que já nasceu com dom para certas coisas, porém, quando persiste em algo, fica bom com experiências. “Através da prática, a gente consegue excelência”, afirma.
O que Amazona notou de mais positivo no hip hop recentemente é que as pessoas realmente acreditam na cena underground, mesmo sendo uma cidade que não é o forte. Mesmo que não tenha tanta visibilidade, não é motivo para desistir.
Amazona acredita que a imprensa foi essencial para manter as pessoas informadas sobre cultura durante a pandemia, quando se tornou necessário manter o isolamento social. A escassez de shows e eventos tornou indispensável o trabalho das redes sociais. A artista considera a imprensa muito importante pelo fato de que muitas pessoas não conseguem chegar em outras cidades ou até mesmo bairros. Conforme Amazona, com a mídia fica mais fácil chegar em lugares que a gente não pisou.
Sua rotina é cansativa pelo fato de fazer inúmeras coisas. “Eu tento conciliar tudo, é difícil. Eu ainda não vivo da música”, conta. Quando foi entrevistada, ela trabalhava na Brixton 4 horas e mais 9 horas como auxiliar de cozinha. Além dos dois empregos, fazia dred, tranças e tatuagens. Assim a artista se vira para investir na música.
Por ter nascido preta, nunca foi uma pessoa que gostou muito de escola. Na vivência dela, o preto era muito prejudicado. “As pessoas não entendiam o porquê de ter uma pele mais escura, de ter um cabelo diferente”, relata. Ela já sofreu muito preconceito e foi um fato para não gostar muito do ambiente escolar. Amazona acaba se martirizando um pouco e se prejudicando por causa disso também.
“Cresci no bairro Guanabara, sou cria de lá, eternamente no meu coração. A minha vivência de adolescente foi no Adhemar Garcia”, afirma. Como o Adhemar Garcia era um bairro mais pobre, ela começou a entender mais coisas. Ela não se identificava como uma mulher negra, não se aceitava, muito por causa dos outros.
Para ela, quando você é uma pessoa negra em uma cidade alemã, a sua infância não é das melhores. Amazona acha importante falar sobre o assunto para as pessoas olharem mais para o próximo. “O próximo é o espelho da gente. Se você vê defeito no próximo, você tem que prestar mais atenção em você”, complementa.
Amazona MC escreveu a música “Madrugadas e Avenidas” quando vivia muito a madrugada, quando aprontava. No seu dia a dia, é o horário que a cabeça está mais pensante, quando para pra repensar como foi o dia e acaba trazendo mais pensamentos. “Tu acaba escrevendo sobre isso para não acabar surtando”, conta.
Segundo a artista, é muito complicado fazer qualquer coisa se você for mulher, se for negro ou um branco no hip hop, mas não pode se deixar levar por isso. O machismo faz ela continuar lutando. “No começo era uma pessoa que ligava muito, mas hoje em dia já não não ligo mais porque é isso que estimula, que dá mais força para gente ir atrás. A gente não precisa deles para chegar onde a gente almeja. Nós, mulheres, conseguiremos tudo que almejamos, desde que a gente faça com coração”, declara.
Amazona MC é conselheira suplente do Patrimônio Imaterial do município, que é a música e culturas como fazer tarrafas ou tranças. Faltava uma representatividade do hip hop no meio do conselho de cultura e ela entrou para mobilizar. “Conhecer mais como o sistema se relaciona com as demais culturas que não sejam a predominante alemã. Eu acho muito importante a gente se informar porque ninguém vai poder pisar em cima da gente ou chamar a gente de ignorante”, pontua.
A entrada da artista no Conselho Municipal de Cultura foi bem complicada porque no dia em que aconteceu a votação para entrar no conselho, a secretária do conselho fez comentários preconceituosos, sendo que ela não conhecia Amazona, só nome artístico e foto. Quando reagiu a um elogio para a artista durante a live, a secretaria afirmou que Amazona só foi elogiada por ser negra.
“A gente já percebe o quão mesquinhas as pessoas são, o quanto uma pessoa preconceituosa pode julgar alguém sem nem conhecer só porque a forma como a pessoa age não condiz com o que ela acredita”, diz. Além da sua participação no Conselho Municipal de Cultura, Amazona MC é uma pessoa muito importante para outros artistas da cidade, participa dos shows e convida eles para cantarem juntos.
Todo mundo odeia o Emeumka
Emeumka tem 33 anos. Produz para o grupo Acesso Restrito e está criando o próprio CD. O cantor e produtor está no rap desde os 15 anos. A primeira música que gravou pegava CD de beat, mas não produzia ainda. Era internet discada e gravava no Audacity, um programa que considerava ruim. M1K nem lembra a primeira música que gravou, mas a música que mais bombou no YouTube foi “Doce Aroma”, do Acesso Restrito.
Todo mundo odeia o Emeumka
Uma das suas músicas lançadas no YouTube foi “Só porque eu sou nigga”, um som que foi sobre tudo o que ele passou até hoje. “Só porque eu sou preto. Tudo que eu falo ali é real. Tem que mostrar, cara. Tem mano achando que é brincadeira. Eu falo, mano. Dou nos dedos e já era. Gostou, gostou. Não gostou, não gostou”, intima.
O Acesso Restrito começou porque se formou na Batalha do Municipal. Foram uns parceiros como o Nowzias, TC e The Gomes que começaram o grupo com ele. Emeumka estudou com o TC e já conhecia o The Gomes, mas não trocavam muitas ideias. No movimento ali da batalha, M1K decidiu criar o grupo e o nome. “Chamei o DJ Lipe, mas ele é DJ do Quinta Dose hoje em dia. Nosso DJ hoje é o LP, o Bercle entrou um pouco antes dele”, explica.
O lançamento do próximo clipe vai ser a música que for escolhida. M1K ainda quer gravar alguns clipes e está há um tempo sem gravações. A música mixada e masterizada que mais gostar será usada em clipe. Está planejando um clipe em preto e branco e outro com efeitos especiais. Até o fim do ano pretende lançar um dos clipes.
Ele começou a fazer rap no colégio porque já escutava algumas músicas. A mãe dele foi pros EUA e trouxe uns discos do país. Começou a escutar Racionais e a irmã também escutava. Emeumka tocava violão e isso foi unindo as coisas. Continuou fazendo umas paródias, escreveu sempre e gravava no computador, mas não com a mesma qualidade de hoje. Não sabia ao certo como fazer. Produzia para o grupo Acesso Restrito, hoje produz para outros artistas. Já produziu um beat para a Amazona, um artista de Curitiba e outros MCs.
Ele começou a fazer freestyle porque já encontrava os outros Mc’s antigamente, quando tinha 16 ou 17 anos. Na frente da Mansão e da Bierô, casas de show de antigamente, bebia e batalhava nas rimas com os outros artistas.
Nasceu em Curitiba, mas foi adotado e veio para Joinville. “Com 15 dias não tem como tu saber nada de Curitiba, então sou joinvilense”, diz. Sempre morou no Glória, em uma lateral da rua Aquidaban. Ele conta os amigos que tem em uma mão e não cita nomes. Para M1K, tem gente que não dá para considerar amigo, só ele, Deus e quem está por ele, não só quem está por interesse.
O beatmaker que mais gosta de trabalhar é ele mesmo porque, conforme o próprio, ninguém consegue fazer um beat como ele. “Não tem amarração de mixagem e masterização. Faço quantas vezes eu quiser e quando quiser: Julius Beats”, divulga.
Suas letras trazem vivência. “Não sou um mentiroso que não canta o que vive, que só ilude a galera”, afirma. Para Emeumka, tem uns que não tem e não fazem, mas cantam o que não passam. “Uma hora a casa cai. Tem estrela cadente aí, tão lá em cima, daqui a pouco elas vão cair”, complementa.
“Acredito em Deus, numa força maior, sem religião. Já li a bíblia e acredito em Jesus. Eu não sei se é tudo o que está escrito ali, mas acredito em uma força maior. Tem mano que vem tentar fazer o cara deixar de acreditar, mas eu acredito em Deus e já é”, declara.
Nascido em novembro sem ter que correr de cassetetes
Do signo de escorpião, Gerson Santiago, de 25 anos, é conhecido como Santiago no rap e chamam ele de Gerson no skate. Cristão, já participou de um grupo de jovens chamado Invert, na igreja quadrangular. Ele achava a Igreja Quadrangular um lugar massa e tinha uma pista de skate lá dentro. Para ele, as igrejas neopentecostais vem num formato complicado de ideologia, como se fosse para construir castelos. Mas ele reconhece que a disciplina da igreja é muito importante para ele atualmente. Santiago gosta de ir em uma igreja quando não está cheia, como um tempo que deposita sua fé.
Foi na influência gospel que ele fundou o S.K.I. com Willian Reis, depois Mariá Mond e West Naza. No começo da vida cristã, os pastores deram uma direção porque ele não tinha o pai presente, igual a muitos meninos negros. O avô dele foi uma referência porque os pais se separaram aos 8 anos. Muita coisa aconteceu aos 8 anos de idade na vida de Santiago.
Catumbi é um grupo de raiz de matriz africana, que o influenciou a partir dos 8 anos de idade. É um grupo que tem fé em Maria do Rosário. Aos 8 anos, mesma época da separação dos seus pais, Santiago sofreu um traumatismo craniano. Ele foi atropelado por um carro quando foi comprar picolé. Botaram fé na Nossa Senhora do Rosário por ele, com a promessa de que Santiago, ainda criança, levaria um vaso de flores ao altar. Ele levou.
Durante a pandemia, Santiago foi em festa clandestina. Para o músico, o período de isolamento fez o público de Joinville sentir vontade de sair. Quando as restrições de isolamento afrouxaram, muita gente saiu ao mesmo tempo e alguns lugares precisavam impor limite de público. Santiago achou injusto, pois um público mais privilegiado chega antes, sendo que os outros ficam de fora ou esperam uma vaga.
Devido aos shows que não foram realizados por conta das restrições do coronavírus, muitas festas clandestinas foram realizadas com a intenção de arrecadar dinheiro para artistas e organizadores de eventos. Mesmo que tenha saído durante o período de maior isolamento, Santiago não respeita os negacionistas. O negacionismo é um assunto que o irrita porque muita gente morre por não ter seguido as recomendações.
A mãe de Santiago, Sheila Cristina Tavares, morreu em 2020, aos 42 anos, após uma série de cirurgias. Ela não tinha mais os dois rins e passou por hemodiálise durante 15 anos. Sheila foi professora e diretora. Ela era formada em psicologia e pós-graduada em psicopedagogia. Luana Cristina Tavares Santiago, sua irmã, morreu de problema cardíaco aos 8 meses. Sua mãe tinha 18 anos na época.
Santiago estuda Sistemas de Informação, mas não se identificou com a área. Na verdade, o sonho de Gerson Santiago é estudar jornalismo. Seu contato com o pai, Gerson Santiago, foi como se não o conhecesse porque era uma pessoa que se preocupava mais em estudar. Gerson é formado em administração e pós-graduado em processos gerenciais. Além disso, Gerson é mestre em engenharia de produção.
Sua namorada se chama Amanda. A qualidade que mais admira nela é a inteligência. Ela é estudante de engenharia ambiental na Univille. Para Santiago, amor é ficar duas vezes mais feliz porque a pessoa está feliz. Um hobbie de Santiago é ler o horóscopo, ele é de escorpião e ela é de aquário. Ele se sente um namorado de princesa.
“Elas dizem que não, querendo que sim. Agora não vou decidir por mim”, canta Santiago, na música “Nexo“, canção que, dependendo da interpretação, dá a entender que é sobre a mulher ser “pega”. Uma situação que começa sem consentimento e depois fica querendo. O título da música Nexo era pra ser Sexo. Fala do interesse do homem no relacionamento, que é menos responsável que a mulher. “Muitas vezes acontecem fugas. Quer que a pessoa participe, mas se comporta de maneira irresponsável”, explica o rapper.
“Sem tempo” é outra música do tempo de solteiro de Santiago. “Ela transa com as mãos, maltrata as minhas”, canta no som que fez com Willian Reis, artista que conheceu na praça. Santiago se sentia imaturo para namorar e decidiu escrever a música. É uma história real de uma festa, quando conheceu uma menina e não se deu muito bem com ela. Assim como todas as suas músicas, “Sem tempo” é sobre um acontecimento que marcou a vida dele.
Do álbum mais novo do Djonga, a maior referência do hip hop atualmente, Santiago gosta de Giz, a última faixa do álbum “O Dono do Lugar”. Djonga se declarava como anarquista não convicto. Santiago também é um anarquista porque não gosta do poder. Santiago e Djonga votaram no Lula.
O skate é mais caro para ele hoje, sente muitas dores no corpo por causa do esporte. Quando era adolescente, a família ajudava a pagar os equipamentos e as peças, mas não é a mesma realidade atualmente. Ele nunca teve patrocínio.
O próximo lançamento de Santiago será “Flui”, disponível no YouTube dia 9 de dezembro.
Bolhas de Sabão para Eloah e Valentina
Everton Góis, de 36 anos, se envolveu na cultura hip hop através do skate, em meados de 1999. No ramo, ele é mais conhecido como Góis. Seu contato com o grafite se deu através do skate e está aí até hoje.
Há uma música que o diferencia muito de outros artistas, que se chama “Bolhas de Sabão”. A canção foi escrita para as filhas Valentina e Eloah. Das músicas que ele lançou, foi a que teve mais críticas. “O que me chama atenção é que foi uma música feita para as minhas filhas, e tive muitas críticas do pessoal do próprio movimento”, constata. Góis já escreveu música para a falecida mãe, mas optou por não gravar porque se sentiu mal. Tem uma que gravou para o pai e para a mãe no canal da Rap no Rec.
Algumas músicas do coletivo KDM e a “Metemarxa” também lhe diferenciam um pouco de outros artistas. O KDM foi uma proposta de coletivo, como ele tinha amigos envolvidos no hip hop e todo mundo rimava, começaram a visitar ele, tomar vinho, café e comer pão, até que começaram a abrir shows.
O que motivou Góis a começar no rap foram os amigos, andava com muitos conhecidos que fazem som até hoje, por exemplo o Kim, o Lucas V.O. O falecido amigo STIF também o incentivava, uma galera que já fazia som naquela época e andava com ele. Começou naturalmente, nada foi forçado.
O artista que mais influencia Góis é o Ukah V.O., um cara que o inspira muito e que tem uma grande amizade. Tem a Amazona MC, o Kim, do Acesso Restrito, o 7Selvi e Bercle. “São meus amigos e sou fã dos meus amigos. No Brasil tem o Djonga, BK’ e Racionais, mas a minha paixão é um grupo que não existe mais: Pentágono”, declara.
O que ajuda o artista além do talento é ter organização e disciplina. Góis observa que ajuda muito porque o artista tem que trabalhar, produzir e divulgar. “A gente tá vendo a transição que está acontecendo entre trap e boombap. Antigamente tinha o rap gangsta. Hoje eles falam as mesmas fitas, mas a batida é diferente. Tem muito fã que é mais rap que muito rapper”, afirma.
O artista faz de tudo, trabalha como motoboy, tem duas filhas e tenta se organizar no hip hop. “Querendo ou não, indireta ou diretamente, a gente está sempre envolvido com o movimento, com as festas e artistas locais”. Geralmente eles pedem ajuda na organização dos eventos e Góis faz o que pode.
Góis mora no bairro Fátima e tem muito orgulho de ser cria do bairro. “A minha adolescência foi um negócio diferenciado. Eu comecei a andar na rua, vi muita maldade, deu uma assustada e uns amigos me convidaram pra ir na igreja”, relata. Everton ficou uns 15 anos na igreja e por conta disso tem outra visão de mundo.
Ele tem uns cinco ou seis clipes gravados na pista de skate do Guanabara, próximo ao bairro onde foi criado. Foi um dos primeiros lugares de Joinville a ter uma festa de hip hop, há cerca de 20 anos. Sistema Nervoso, Versão Original e Manos de Fé foram grupos que participaram.
Everton Góis alerta que várias mulheres estão surgindo no hip hop. “Quando você fizer uma festa, chama as minas. Tem a Karoli Mc, Amazona MC, e elas reclamam que geralmente não lembram delas”, avisa.
A primeira batalha de rima de Góis foi organizada pelo falecido STIF, o Sena e o Dj Lipe, do Quinta Dose. “STIF foi um grande amigo, a gente trabalhou junto, vivia praticamente quase todo dia junto, só que veio a falecer após um acidente”, explica.
Ainda tem vídeos no YouTube sobre a Batalha do Municipal. Patrick HDK e Sangue Bom vieram da Batalha do Municipal. Um dos vídeos da batalha do Municipal, no canal do Góis, é do rapper Emeumka rimando há mais de 10 anos.
Assista abaixo o vídeo que foi produzido com os quatro artistas, em que se apresentaram e falaram sobre cenários de Joinville: