Quinto dia de bancas trouxe discussões sobre infografia, ciberativismo, IoT e podcasts
Por: Leonardo Budal, Luiza Rodrigues, Diogo de Oliveira
O dez da noite: Infografia e Pandemia: uma análise do uso do uso do formato na cobertura da COVID-19 no portal G1
Com orientação da professora Kérley Winques, a aluna Nadine Evelyn Quandt apresentou a monografia “Infografia e Pandemia: uma análise do uso do formato na cobertura da COVID-19 no portal G1”. Ao decorrer da apresentação, Nadine explicou como o jornalismo teve que se adaptar à pandemia em uma situação inédita e rápida.
A acadêmica foi desde a origem dos infográficos, até o uso dele na pandemia por portais jornalísticos. O objeto de estudo foi o portal G1, da Rede Globo. Nadine afirma que escolheu o G1 pois o site é muito popular e sem barreiras de paywall. Além disso, o portal teve um papel relevante na formação do consórcio de imprensa, responsável por monitorar os casos de Covid-19 no Brasil.
A escolha da análise de infográficos no contexto pandêmico foi porque, segundo a estudante, eles ajudaram a deixar mais compreensível um assunto tão complexo. Na percepção de Nadine, o uso dos infográficos auxiliou na comunicação com o público durante este período. “Uma união de texto e imagem que tem a capacidade de passar diversas formas de informação de forma simples e compreensível”, disse Nadine sobre o que é um infográfico.
Os resultados finais da análise de Nadine foram que a infografia foi e é muito importante na pandemia, porém notou a ausência de fonte de dados e do uso de ferramentas do webjornalismo pelo portal G1. A estudante finaliza dizendo que no futuro a infografia pode agregar em novas oportunidades de pesquisas e que se mostrou um campo fértil para a inovação jornalística.
Com seus pais e seu irmão na plateia, a estudante recebeu muitos elogios dos avaliadores e foi aprovada com nota máxima. A banca contava com a presença das professoras Kérley Winques e Marília Crispi de Moraes, e do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Hendryo Anderson André.
Storytelling e Jornalismo: análise do podcast narrativo Rádio Escafandro
Residindo atualmente na Suécia, a acadêmica Larissa Vasconcellos apresentou sua monografia online, via Google Meet, com direito a participação de seus familiares diretamente de Recife. A monografia intitulada de “Storytelling e Jornalismo: análise do podcast narrativo Rádio Escafandro”, teve a orientação da professora Marina Adriano de Andrade.
Analisando a relação entre o storytelling e podcasts narrativos. A acadêmica destrinchou um episódio do podcast Rádio Escafandro e pode descrever em detalhes, o processo de produção de um storytelling jornalístico, frisando as diversas técnicas que rodeiam o programa, como elementos de roteiro e narrativa.
Em conclusão, a aluna retorna dizendo que a existência desse formato narrativo “consolida a necessidade do jornalista ocupar espaços na internet, deixando de lado pensamentos de superioridade e classistas”. A monografia foi aprovada pela banca com nota 7.
O que o ciberativismo pode acrescentar ao jornalismo? Um estudo de caso do site WikiLeaks
A aluna Gabriele de Moraes, com orientação do professor João Kamradt, defendeu seu trabalho ao explicar o que é o ciberativismo e como ele afeta o jornalismo. Gabriele embasou seu estudo no site Wikileaks e constatou que se trata mais de uma ferramenta de interesse jornalístico do que de jornalismo em si. Embora o site publique informações e documentos verificados, com sua veracidade comprovada, o Wikileaks não desdobra os fatos e nem apura o desenvolver dos fatos.
Gabriele comentou que a publicação desses documentos, muitas vezes polêmicos, é vantajoso pelo fato da “livre informação”. No entanto, pode ser prejudicial no quesito humanitário, pois de acordo com ela, e a própria professora Marília, nem toda informação, por mais que verdadeira, é conveniente ser publicada: “Esse é o momento de soltar a informação?”. Por fim, conclui-se que o site Wikileaks recebe as informações, às verificam, mas o desdobramento e apuração dos fatos ficam para os jornalistas.
A banca, que contou com a avaliação das professoras Kérley Winques e Marília Crispi de Moraes, aprovou Gabriele com nota 9,5. Além disso, foi sugerida a publicação do trabalho e a realização de um artigo.
Jornalismo na tela vestível: consumo de notícias em smartwatches
Com a orientação do professor João Francisco Hack Kamradt, o aluno Kevin dos Santos Banruque, surpreendeu a banca com seu tema inédito. Banruque decidiu voltar seus olhos para uma forma inventiva de consumir notícias, o smartwatch.
Se utilizando de conceitos como Glance journalism, Kevin trouxe para discussão assuntos como novas formas de fazer jornalismo e como os últimos fenômenos tecnológicos, como a internet e o smartphone, influenciaram o modo de se fazer jornalismo. O projeto foi aprovado com nota 9.