JMM: evento encerra com reflexões sobre o futuro do jornalismo
Política e esporte foram temas da segunda noite do Jornalismo Muda o Mundo
Música para os ouvidos. Foi assim que começou a segunda noite do evento organizado por acadêmicos, Jornalismo Muda o Mundo, com o cantor Rafael Zimath, da banda Somaa, abrindo o palco para o jornalista político Upiara Boschi. E saindo da política para o esporte, o jornalista Yan Pedro expôs sua trajetória para a criação do Content Criativo.
Upiara falou sobre as suas experiências no mundo do jornalismo, principalmente na política, e as mudanças que passou através dos anos. Ele, que já trabalhou em grandes redações, acredita que a tecnologia trouxe facilidades. Mas, salienta a importância da especialização do jornalista. “A gente se torna especial dentro de um assunto que a gente domina, tem paixão e faz por excelência”, conta.
Boschi também considera que ainda irão surgir novos modelos de se fazer jornalismo, seja na política ou em outras áreas. Em sua fala, ressalta que o futuro do jornalismo é uma obra aberta que estamos construindo juntos. “O mundo vem com a mesma voz, e a gente vai conseguir fazer uma orquestra bonita”, enfatiza.
Ainda sobre inovações na área, Yan Pedro, egresso da Faculdade Ielusc, falou sobre o mundo do esporte. Ele é diretor da Content Criativo e compartilhou o caminho que trilhou até chegar no projeto e, logo, chegar nas Olimpíadas Paris 2024. “É muito legal poder conversar com os estudantes aqui sobre como o jornalismo vem mudando e como vai seguir mudando.”
Yan citou na conversa, que hoje é o momento da produção, da entrega em tempo real e repercussão do conteúdo entre o público, porque foi entregue o assunto do momento, no momento. Além disso, explicou sobre as ferramentas que ele utiliza, e deu dicas para os estudantes. “Se vocês verem o tempo de uso do meu celular, vocês choram comigo”, brincou.
A plateia estava animada. Patryck Cachoeira, da sétima fase de jornalismo, estava bastante participativo nas conversas. Empolgado, falou que as duas conversas foram bem dinâmicas e atrativas, embora tenham sido de estilos diferentes. “Os dois trouxeram pontos sobre o futuro, e eles trabalham com estilos que não são mais tradicionais e isso é o principal do jornalismo, trazer esse ponto do que é falado no curso”, comenta. “Só tenho a elogiar a quinta fase por ter trazido esses dois”, finaliza.
As experiências e conversas buscaram trazer aos participantes reflexões e provocações sobre o jornalismo e a comunicação do futuro. “A gente tem que lutar pelo jornalismo, porque lutar pelo jornalismo é lutar por uma sociedade melhor, mais organizada e mais justa”, conclui Upiara.
A coordenadora do curso de jornalismo, Marília Crispi de Moraes, fez uma menção sobre a importância do jornalismo na sociedade. “Que possamos pensar em estratégias que formem cidadãos capazes de fazer a leitura crítica da mídia e diferenciar a informação correta, das fake news’, esclarece.
Ela ainda complementou dizendo que o jornalismo precisa abordar as mudanças climáticas e suas consequências de modo sistêmico, e não apenas pontualmente ou nos momentos de grandes tragédias. “O jornalismo que investiga, checa, apura, denúncia e traduz a realidade para uma linguagem acessível, continua absolutamente necessário para mudar o mundo”, finaliza.
O Jornalismo Muda o Mundo, realizado nas noites de quarta e quinta-feira, foi organizado nas disciplinas de assessoria de comunicação, ministrada pela professora Maiara Maduro, e empreendedorismo, ministrada pela professora Marina Andrade, e teve o apoio da Faculdade Ielusc. O primeiro dia foi focado nas experiências sensoriais e reflexivas. Ao final do segundo dia, teve o sorteio de brindes oferecidos pelos apoiadores The Concept House, Escola de Idiomas Influx, Rádio Web Ativamente e Abbraccio Pizza Artesanal.