
Mova para encontrar sua própria consciência
Por acadêmicos de Publicidade e Propaganda a Mostra Viva de Arte é uma exposição que conduz o visitante a sua própria alma.
Por Danielly Ketlyn Vieira
Nesta quarta-feira (25) aconteceu a Mostra Viva de Arte (Mova). O evento ocorre na Faculdade Ielusc e é produzido pelos acadêmicos da terceira fase de Publicidade e Propaganda (PP). Assim que você entra no DS HUB o tema é claro, Submergir e Emergir.
O ar, as luzes, o sentimento de imersão e os olhares focados em obras de tirar o fôlego. Pessoas de diversas idades e estilos, buscando algo que ainda não sabem. Ali a arte se fazia presente em diversas linguagens e sentidos.
A ideia do Mova veio da professora Patricia Villar. Ela queria que seus alunos vivessem a arte contemporânea para além dos livros e das discussões em sala, se tornando artistas. Nesta quinta edição mergulhamos nas sensações, saindo prontos para um recomeço.
Com mostras variadas, desde de algumas te levando ao seu subconsciente até outras que parecem ter saído de um filme de mistério. Como por exemplo, algo que é meio assustador, mas ao observar, ganha significado: duas pessoas sentadas de costas uma para outra, vestidas com terno e gravata, com suas faces tampadas por um mesmo tecido branco. Olhando para direções distintas, mas ligadas, separadas, mas unidas. Quase parece que estão sufocadas, você pensa: será que são a mesma pessoa?
Roger Candido, organizador de eventos, cursa a primeira fase de PP e está conhecendo pela primeira vez a exposição. “É um evento bem conceitual, falando de arte não tem como não ser. Estou gostando bastante, cada um deles remete uma sensação de dentro da gente”, afirma.
No meio de tudo isso, encontra-se uma cena de cinema. Embaixo de uma escada de madeira do início do século passado, páginas que parecem flutuar. Um piano de armário, um ambiente mágico. Você coloca um fone e sua mente viaja. Esta obra se chama Ecos no Papel.

Eloisa Vanin, uma das criadoras, conta que a ideia veio de Emergir e Submergir em seus pensamentos, nos textos e na música. “A obra não é para significar algo concreto, mas sim sobre a experiência que a pessoa vai ter ali” , destaca.
E realmente quem saiu da experiência, ficou marcado. “Embora seja bem reflexivo, senti alegria por tudo. Eu sabia que era uma mostra de arte, mas não imaginava que era tão forte assim”, conta Edilson Alves, calouro de Jornalismo.
Mais que tudo, o evento foi sobre sentimentos e vivências diversos, porém individuais.. Arte para pensar, para atingir, algo que você nem sabia que estava ali.