Unidos pela Diversidade escolhe rainha da bateria
Está definido o “reinado” da Unidos pela Diversidade para os próximos dois anos. A escolha da rainha e madrinha da bateria, musa e princesas da escola de samba ocorreu no sábado, na Liga de Sociedades. Também foi noite de coroação da nova Rainha da Escola, Sabrina Lima, a “Bina”, que até então reinava na bateria dos Gladiadores, como são chamados os ritmistas da agremiação.
Oito candidatas disputaram os títulos mediante notas para cinco quesitos: beleza, simpatia, figurino, samba no pé e espírito carnavalesco. Veja abaixo as escolhidas.
A Unidos pela Diversidade foi oficialmente fundada como escola de samba em 1º de abril de 2011. Antes disso, desfilava como bloco. “Somos uma entidade legalizada, com estatuto, assembleia, e isso possibilita a participação em projetos, como Simdec, mecenato”, explica a presidente Inês Gonçalves. A escola também realiza eventos, como sua tradicional feijoada, que costuma atrair público de 700 pessoas.
No ano passado, a Diversidade reuniu 680 componentes e também fez um protesto na avenida. A bateria parou por alguns instantes e todos cantaram “não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar”, em sinal de apelo para que o município apoie essa manifestação cultural brasileira.
Durante a escolha da corte da Diversidade, houve apresentação da passista Elaine Ribeiro, que já foi musa da Escola Porto da Pedra (Rio de Janeiro).
Tempo de reorganização
Inês conta que as escolas de samba de Joinville passam por um momento de reorganização. “Diante de algumas tristezas, da desvalorização cultural que vem se espalhando pelo país, nós estamos reestruturando a Liga das Escolas, com nova diretoria. Cada escola tem dois representantes”, afirma. A intenção é conquistar apoio da iniciativa privada, a fim de fortalecer o Carnaval de Joinville e evitar a dependência de recursos públicos.
Ainda não há definições de parcerias para 2019, mas os contatos com empresas já iniciaram. “Queremos chegar ao ponto de ver todas as escolas com igualdade de condições, afinal se o Carnaval já leva de 30 a 35 mil pessoas pra avenida, não tem como dizer que o povo não gosta de Carnaval, o que falta é estruturar melhor”, defende Inês.
Em anos anteriores, prefeitos receberam orientação dos órgãos de controle de contas públicas recomendando não destinar recursos financeiros para o Carnaval, sob alegação de que o dinheiro deveria ser investido em outras áreas, como saúde, por exemplo. “As pessoas acatam facilmente essa ideia de que não é para investir em cultura. Escolas de samba não podem levar uma culpa que não é delas, afinal cultura também é um direito da população”, afirma a presidente da Diversidade. Por conta de todos esses entraves é que as escolas querem se reestruturar e construir novas parcerias.
Das seis escolas de samba de Joinville, quatro são presididas por mulheres. Mesmo com poucos recursos, a tradição do Carnaval vem crescendo no município. Inês destaca a iniciativa dos fundadores da Unidos pela Diversidade: Jackson de Oliveira, Rogério de Sousa Junior, Windsor Rodrigues Prado de Morais e Iara Vieira. “Eles começaram um trabalho muito bonito que hoje agrega uma equipe sempre disposta a colaborar”, afirma. O carnavalesco Jean Valério é o atual vice-presidente da escola.
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Gratidão pelo reconhecimento e valorização da Cultural Carnavalesca .
Estamos a Disposição .
Bjinês