Análise política, marketing, jornalismo local e comunicação em OSCs: confira como foi a quarta noite de bancas de Jornalismo
Os acadêmicos Luís Felipe Marques, Caroline de Apolinário, Ketlin Mylena e Larissa Mayara Hirt da Maia abordaram temas diversos, que despertaram reflexões importantes para os profissionais do Jornalismo
Por Isabele Meurer e Thiago Santos
O acadêmico Luís Felipe Marques abriu a quarta noite de apresentações de bancas com o tema “Análise comparativa das representações de Nikolas Ferreira e Érika Hilton no Instagram Poder360”, orientado pelo professor Mauricio Melim. Fizeram parte da banca os professores Charles Voos e Hendryo André de forma online. Os avaliadores reuniram-se e, na sequência, o professor Mauricio declarou a aprovação do trabalho, que alcançou nota 8.

O acadêmico analisou de forma comparativa, levando em conta aspectos linguísticos e narrativos, as representações dos deputados a partir de conteúdos postados na página do Poder360, no Instagram. Entre os exemplos citados, estão as postagens sobre a escala 6×1, da deputada Érika e sobre o PIX, do deputado Nikolas, que tiveram um grande número de visualizações e compartilhamentos em todo o país. Os resultados obtidos demonstram que, dentro do recorte escolhido, a página não consegue ser totalmente imparcial, ou seja, há diferenças importantes na forma como os deputados são retratados.
A banca elogiou a escolha da temática política, por considerar ser um assunto cada vez menos abordado em trabalhos de conclusão de curso.
A aluna Caroline de Apolinário apresentou o trabalho “Jornalistas no marketing: práticas profissionais e identidade no contexto do jornalismo de marca”, com a orientação da professora Maiara Maduro. Após apreciação da banca, composta pelas professoras Gislayne Aguiar e Marina Andrade, a professora Maiara anunciou a aprovação com nota máxima.

O trabalho é resultado de uma pesquisa com egressos do curso de jornalismo da Faculdade Ielusc sobre a atuação desses profissionais na área de marketing, quais funções ocupam e como veem o trabalho do jornalista no campo do jornalismo de marca.
As professoras avaliadoras destacaram a relevância do tema para os profissionais da área de jornalismo, uma vez que, segundo elas, há ainda um tabu em relação à atuação do jornalista em setores além das redações tradicionais, como no marketing. Além disso, elogiaram a fluidez e clareza do texto, bem como a profundidade da fundamentação teórica.
Jornalismo local foi o tema da apresentação da aluna Larissa Mayara Hirt da Maia. “Jornalismo local e a representação da população de São Bento do Sul nas páginas do jornal A Gazeta” foi orientado pela professora Maiara Maduro e avaliado pelos professores Mauricio Melim e Marília Crispi de Moraes. Depois da banca tecer as considerações, a professora Maiara comunicou a todos os presentes a aprovação com nota máxima.

A partir de uma pesquisa qualitativa, a respeito da representação da população de São Bento do Sul no caderno especial de comemoração aos 150 anos da cidade, a acadêmica Larissa investigou se a população sentia-se representada pelo jornal A Gazeta. Além dos leitores, a equipe do jornal também participou da pesquisa, de modo a explicar as escolhas editoriais.
A banca evidenciou a importância de trabalhos como esses, que busquem compreender o local onde se vive, de forma a valorizar a comunidade, a cultura e a história da cidade. Outro ponto destacado foi a abrangência do estudo, a organização do texto e o impacto do trabalho para a população, além do empenho da acadêmica, que resultou em um material bastante rico em conteúdo.
A acadêmica Ketlin Mylena Ribeiro apresentou a monografia “Mapeamento da Comunicação em OSCs de Joinville: análise das práticas comunicacionais em organizações que atuam com direitos da infância e da adolescência”, orientada pelo professor Hendryo André. Na banca, estavam as professoras Marina Andrade e Gislayne Aguiar. Após conversa entre os professores, o professor Hendryo anunciou a aprovação de Ketlin, com a nota 9,5.

O trabalho consiste em uma análise das OSCs (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com direitos da infância e adolescência de Joinville com relação à comunicação, sendo ela por telefone, redes sociais, sites, entre outros. O trabalho constatou falhas comunicacionais na maior parte delas, sendo considerado um ponto crítico. Segundo o estudo, a maioria das instituições deixam a comunicação em segundo plano. Uma das sugestões apresentadas pela acadêmica foi a realização de parcerias com universidades para auxílio nesta área.
A professora Marina ressaltou que esta deficiência na comunicação é bastante prejudicial, já que pode atrapalhar o contato de possíveis patrocinadores e parceiros de trabalho. A banca elogiou a apresentação da acadêmica e sugeriu o prosseguimento do trabalho, por meio conversas com secretarias da prefeitura, voltadas para as OSCs.
