Servidores protestam contra Reforma da Previdência
Nesta seta-feira os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá reuniram-se na Praça da Bandeira em um ato contra a Reforma da Previdência. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), dez centrais sindicais convocaram os trabalhadores para participarem das ações do dia nacional de mobilização e luta contra a Reforma da Previdência. A paralisação teve início por volta das 9 horas em uma reunião na Liga da Sociedade Joinvilense.
O ato foi conduzido pelo presidente da Sinsej, Ulrich Beathalter, que destacou a importância da greve geral. “É hora de termos audácia de irmos para nossas bases, devemos fazer assembleias nos locais de trabalho e propor diretamente a paralisação, mas a greve geral não é apenas um dia de mobilização, é interromper a produção e não mover uma máquina neste país até a revogação total da Reforma da Previdência”, afirmou.
Durante a mobilização, sindicalistas e estudantes manifestaram suas opiniões sobre a Reforma. A estudante Isabela mostrou sua indignação sobre o assunto. “ Eu tenho 15 anos e já trabalho e não vou admitir que eu chegue aos 60 anos ainda trabalhando, eu não aceito isso”, destacou.
De acordo com a advogada Vilma Cacique, especializada em direito previdenciário e trabalhista , o ideal para a elaboração da reforma seria fazer uma análise junto à sociedade com especialistas no assunto. “Somente a justificativa de déficit não pode ser o motivo dessa reforma. Que é necessário uma mudança não temos dúvida, porém deve ocorrer de uma maneira que, a longo do prazo, dê resultados sustentáveis”, argumenta.
A advogada também aponta alguns pontos da proposta que, caso sejam aprovados, vão prejudicar os segurados e trabalhadores, tais como a regra para pagamento do Benefício de Prestação Continuada, que terá seu valor reduzido, e a idade mínima, alterada de 65 para 70 anos.