Joinville precisa vacinar 3,8 mil crianças até sábado
A campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo termina amanhã, mas, em Joinville, a unidade de saúde do Bucarein também atenderá no sábado, das 8 às 17 horas. O mesmo posto tem horário especial, até as 21 horas, hoje e sexta-feira.
Devem se vacinar as crianças com idade entre 1 e 5 anos. De acordo com o Setor de Imunização da Secretaria da Saúde repassados na manhã de hoje, 24,5 mil crianças já foram imunizadas contra o sarampo (86,6%) e 23,5 mil crianças receberam as gotinhas contra a poliomielite (83,1%). A meta é atingir, no mínimo, 95% do público-alvo, ou seja, 28.325 crianças.
Na quarta-feira, Sara Maria Santos, 35 anos, levou a filha Maria Flor, de três anos, para ser vacinada na UBS Floresta. Para Sara, é importante vacinar as crianças para garantir sua imunização contra doenças. “Já li alguns textos sobre pais que se recusam a vacinar seus filhos e até acho que há argumentos interessantes, como a intenção de venda da indústria farmacêutica, mas não dá pra arriscar”, afirma. Sara concorda com os estudos que apontam os benefícios da vacinação.
Apesar de ter chorado um pouco, Maria Flor ganhou um Certificado de Coragem depois da vacina.
Obrigação
Deixar de vacinar os filhos pode ser considerado um ato de negligência e até se transformar em crime grave, caso a criança tenha sequelas ou morra em decorrência de uma doença que poderia ter sido evitada. O parágrafo primeiro do artigo 14 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) determina que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”. O descumprimento do calendário de imunização, que é um dever dos pais ou responsáveis, pode levar ao pagamento de multa de 3 a 20 salários mínimos e o dobro em caso de reincidência. Conforme o ECA, portanto, a vacinação é obrigatória no país.
O sarampo voltou a assustar os brasileiros nos últimos meses. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados na terça-feira, o país tem 1.553 casos e 7 mortes por sarampo registrados este ano. Outros 6.975 casos estão em investigação. Os principais focos estão na região Norte, mas 16 casos foram registrados no Rio Grande do Sul.