Joinvilenses participam de manifestações nesta terça-feira
Os cortes de verbas para a educação e a reforma da previdência motivaram manifestações populares por todo o país nesta terça-feira. Em Joinville, manifestantes se reuniram na Praça da Bandeira no período da manhã. Outro ato está programado para hoje à noite, a partir das 18 horas, em frente à Univille.
“Lá em São Francisco, já estão sem comida para oferecer aos estudantes, o que é gravíssimo, porque o campus ali é bem no meio da cidade, tem estradas ao redor, não é tão simples assim mandar os estudantes comerem em qualquer lugar”, afirma Guilherme Weiller, estudante de Sistemas de Informação da Udesc, membro do Juventude Manifesta, movimento social que atua em questões da educação em Joinville. Segundo o estudante, a situação é grave, pois, além de afetar instituições federais, o que já seria suficientemente ruim, também pode afetar alunos de instituições estaduais e privadas, à medida em que há risco de prejudicar bolsas de estudos e programas de mestrado.
O estudante da Udesc acredita que os movimentos estudantis de Joinville poderiam estar bem mais engajados do que estão. “Há muitos, dentro de organizações estudantis de Joinville, que não agem porque acreditam, em algum nível, nas medidas liberais do governo”, opina.
Jonas Marssaro, estudante de Psicologia da Univille e membro da Conep (Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia), acredita que a crise na educação possui um efeito mais sistêmico, no qual a diminuição de mão de obra especializada tem como consequência diversos efeitos negativos, como menos desenvolvimento de tecnologias, menor geração de riquezas e menos pessoas competentes para desenvolver estratégias para diminuir desigualdades, o que agrava os problemas de Joinville e do país.
Além de defender a pauta da educação, Jonas afirma que a Conep também se posiciona contra a Reforma da Previdência. “Compreendemos que a reforma atinge diretamente a juventude, pois o jovem de hoje se aposentará daqui a alguns anos com sérios prejuízos à saúde, sobretudo à saúde mental”, destaca.