Acadêmico da Faculdade Ielusc é campeão de handebol na Dinamarca
Imagine jogar num time que abre as portas para você disputar campeonatos em vários países. Francesco Gon Grasso está na melhor fase de sua vida. Estudante de Publicidade e Propaganda da Faculdade Ielusc, ele voltou recentemente da Dinamarca, onde disputou a Generation Handball Cup, representando o Brasil com a equipe do Nacional Avaí.
Francesco foi convidado pelo Nacional Avaí para disputar o torneio dinamarquês. “Há vários torneios de verão nos países europeus e o da Dinamarca está entre os de maior importância. Fui disputar categorias de quadra e areia e a gente conseguiu ganhar os dois”, conta.
Atualmente, Gon Grasso joga no Esquadra/América Handebol Clube, um time formado por um grupo de amigos que foram se juntando e disputando alguns campeonatos. Agora o time está participando da Liga Santa Catarina. A decisão da Liga acontece no último final de semana de agosto e início de setembro. “Eu comecei a jogar faz um ano, desde que o time foi criado e eles fizeram uma parceria com o América Futebol Clube“, pontua.
Como o Esquadra se reúne somente aos finais de semana, por conta das atividades profissionais dos jogadores, Francesco treina todos os dias mesmo sem ser em um time específico. “Estou tentando migrar uma possível contratação minha para o Nacional”, observa. Antes o aluno treinava handebol todos os dias com o time do Ensino Médio do Colégio Bom Jesus/Ielusc que, segundo ele, vem de uma boa fase. “Eu treinava umas três horas por dia, tanto com os atletas menores quanto com os maiores”, comenta.
Faltando um mês para a viagem, o estudante lesionou a parte posterior da coxa. Mesmo com dor, mas fazendo fisioterapia, conseguiu viajar e disputar os doze jogos em menos de sete dias.”Esse problema foi menos sério, mas eu também tive uma tendinite. Ainda sinto um pouco, mas com fisioterapia consegui jogar bem lá”, afirma o acadêmico. No ano passado, ele havia se lesionado uma semana antes da viagem que fez para a Europa para jogar na França e na Suécia. “Eu tive uma lesão no ombro, fazia fisioterapia todos os dias, pela manhã e à tarde, não pude treinar e tudo mais”, lembra.
Com uma cultura diferente do Brasil, os organizadores do evento não possuem o costume de entregar medalhas para os três primeiros colocados. “A gente ganhou um agasalho e, além de troféus, fomos convidados para voltar no próximo ano com o mesmo time e com isenção de todos os custos: inscrição, alimentação e alojamento”, explica.
Francesco lembra com carinho do convite feito pelo Nacional Avaí. “O convite surgiu de uma maneira meio inesperada, o técnico me ligou e eu topei na hora. Eu já tinha sido rejeitado por esse time duas vezes antes, em seletivas. Disseram que eu tinha muita qualidade e tudo mais, mas naquele momento não era o que eles estavam procurando”, explica. “Por isso, quando o técnico me ligou, realmente foi uma surpresa, mas eu topei na hora e eu pretendo continuar nesse caminho”, almeja.
Para quem pensa em jogar handebol de forma profissional, Francesco deixa um recado. “Tudo no seu tempo, não adianta se desesperar, não adianta achar que é sua última oportunidade de vida porque sempre vai ter mais uma. Não adianta se preocupar demais com lesão, nem achar que tudo acabou porque sempre haverá um próximo capítulo, outras oportunidades”, aconselha.