Fonoaudiologia participa de campanha sobre traumas da face
Nesta terça-feira (03/09), profissionais e estudantes de Fonoaudiologia de Santa Catarina realizaram uma ação de orientação aos motoristas sobre “Trauma de Face”. O tema é pouco abordado, mas impacta a vida das pessoas, pois é um tipo de lesão bastante comum em acidentes nas estradas, principalmente em colisões frontais. A campanha, promovida pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia, contou com o engajamento de estudantes e professores de Fonoaudiologia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e da Faculdade Ielusc, além de profissionais da área.
Em Joinville, a ação ocorreu no Cerest – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Macrorregião de Joinville e serviço de vigilância epidemiológica e arredores, na região central da cidade. Os estudantes foram acompanhados pela professora Vanessa Bohn.
O Trauma de Face pode afetar a pele, músculos, nervos e ossos. Dependendo do grau, o indivíduo pode perder a sensibilidade e ter outras consequências decorrentes do trauma. O trauma se dá, principalmente, em consequência de acidentes de trânsito, mas quedas e lesões por armas de fogo também são causadoras desse tipo de problema.
Tratamento adequado
O paciente que sofre um trauma de face encontra inúmeras barreiras para sua recuperação, que costuma ser lenta, pois depende da cicatrização e da atuação de várias especialidades da saúde. A dor intensa influencia na correta comunicação, sobretudo quando o trauma é na língua ou em consequência da perda de dentes.
A alimentação é um item que requer muita atenção, principalmente, na fase aguda do tratamento. A escolha do cardápio, bem como a consistência do alimento, deve ser criteriosa, pois uma eventual “broncoaspiração” pode trazer consequências graves para um paciente que tem tudo para evoluir bem. Em alguns casos o paciente não consegue abrir a boca, necessitando de sondas, dispositivo que precisa ser cuidadosamente avaliado por Fonoaudiólogos no processo de tratamento.
Acompanhamento fonoaudiológico
A evolução do paciente é mais rápida quando há profissionais de diferentes áreas contribuindo. O papel do Fonoaudiólogo é essencial neste contexto, pois atua para que ocorra a reabilitação, define a via de alimentação mais segura, decide sobre a consistência do alimento, avalia o momento de tirar a traqueostomia e trabalha diretamente para que o paciente possa ter sua comunicação restabelecida. Exercícios também integram o tratamento.
Como buscar auxílio
A lei diz que cada hospital deve ter ao menos um Fonoaudiólogo em sua estrutura. A orientação é que familiares e (ou) pessoas próximas busquem informações sobre o trauma, conversem com o médico responsável e solicitem a presença de um Fonoaudiólogo. Em casa, mesmo que a unidade de saúde do bairro não tenha o serviço, é possível procurar o posto mais próximo que disponha de profissional.
Consequências dos traumas da face
- Dor
- Rigidez e tensão muscular
- Alteração na oclusão dos dentes
- Limitação na abertura da boca
- Desvios dos movimentos mandibulares
- Crepitação ou ruídos na articulação temporomandibular
- Alteração de sensibilidade
- Redução da força ao mastigar
- Alterações na fala
- Alterações na mastigação
- Dificuldades para sugar e engolir