Comissão de Urbanismo discute atraso em obras do rio Mathias
“O comércio central da cidade está morrendo, a praça central da cidade está tomada por pessoas que não deveriam estar ocupando o principal espaço social da cidade, o nosso centro está se diminuindo a cada dia”, afirmou o vereador Rodrigo Fachini (MDB) ao discutir as consequências do atraso das obras do rio Mathias, durante reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville, na última terça-feira.
Com previsão inicial de dois anos, a obra já se estende desde 2014. O atraso foi o assunto principal das discussões da Comissão de Urbanismo nesta terça-feira. O secretário de Infraestrutura Urbana, Romualdo França Junior, admitiu que há problemas, mas garante que a obra é viável. “Dos 13 segmentos que nós definimos em termos de capacidade executiva, temos 3 com algum tipo de interferência, mas é possível a execução plena desse trabalho”, disse
Os vereadores fizeram várias sugestões. Acerca da demora na execução do projeto, a vereadora Tânia Larson (Solidariedade) sugeriu adotar duas frentes de trabalho para a obra acabar mais rápido, com equipes trabalhando também aos finais de semana. A vereadora Iracema Bento (PSB) questionou a dispersão da obra, com inúmeros trechos inacabados espalhados em vários pontos, o que atrapalha o comércio. Ela sugeriu que se concluam trechos já iniciados antes de se começarem novas etapas.
Ricardo Baartz, representante do Consórcio Motta Júnior e Ramos, empreiteira licitada para executar a obra, alegou que existem problemas no projeto desde sua concepção, o que explicaria o atraso. França Junior, por sua vez, reclamou da falta de planejamento da empreiteira. Conforme Baartz, o planejamento dos serviços é feito de acordo com os pagamentos liberados pelo município e, segundo ele, há atraso nesses repasses. O secretário, no entanto, alegou desconhecer qualquer atraso.