
Do rap ao racismo: segunda noite de bancas traz pautas importantes para o debate contemporâneo
Por: Mariana Murara Fagundes, Hayana Donati e Leonardo Budal
Edição: Diogo de Oliveira
A nota dez da noite: A mídia não dá troféus para rappers?
“A mídia não dá troféus para rappers?” foi o questionamento levantado pelo aluno Fred Romano Franco, da oitava fase de Jornalismo, em sua monografia, apresentada nesta sexta-feira, 9.
Intitulado de “A mídia não dá troféus para rappers? – Uma análise de como artistas do rap são retratados pelo telejornalismo do Grupo Globo”, o trabalho analisou notícias e reportagens televisivas que incluem o mundo do rap feitas pelo Grupo Globo, um dos maiores conglomerados de comunicação do Brasil. Rappers como Orochi, Djonga e Racionais MC’s estiveram presentes na pesquisa.
Orientado pela professora Dra. Marília Crispi de Moraes, a banca contou com os professores Patrícia Villar e Sandro Galarça. “É o texto de alguém comprometido com o que faz, que escreve bem e que fez um belo documento”, disse Galarça ao final de seus apontamentos.
A monografia foi aprovada com nota 10 pela banca, que em conjunto acredita que a pesquisa pode ser apresentada em congressos como, por exemplo, o Intercom.
Racismo na Mídia: análise de conteúdo do programa Cidade Alerta
“Racismo na Mídia: análise de conteúdo do programa Cidade Alerta”, foi o tema da Monografia apresentada pela aluna Aline Cristiane dos Santos. O trabalho que apresentava como reportagens que possuem discursos cheios de estereótipos e discriminações contribuem para a exclusão social da população preta, obteve nota 9 pela banca examinadora, composta pelo professor e orientador do projeto Sandro Lauri da Silva Galarça e pelas professoras Valdete Daufemback e Maiara Carvalho Batista Maduro.
Segundo Aline, a mídia tem um grande papel na construção de cidadãos, por isso a jovem escolheu analisar quatro reportagens do programa Cidade Alerta. Ao analisá-las percebeu-se que os repórteres reforçam ainda mais a pessoa preta como uma pessoa perigosa e ruim para a sociedade.
A professora Valdete Daufemback, elogiou a escolha do tema da monografia ao dizer: “Essas questões humanas dentro das universidades eu acho fundamental que se fale, eu acho que o jornalismo não pode perder esse viés do humanismo, e o teu tema é um tema de humanismo. Eu acho fantástico! Parabéns!”

Tem jornalista no copywriting: como profissionais da informação lidam com o reino da persuasão
A aluna Larissa dos Passos Leite obteve nota 8,5 nos critérios analisados pela banca examinadora. A monografia possuia como título “Tem jornalista no copywriting: como profissionais da informação lidam com o reino da persuasão”, e contava com a orientação da professora Marília Crispi de Moraes. Além da orientadora Marília, a banca examinadora era composta pelas professoras Luiza Martin da Rosa e Maiara Carvalho Batista Maduro.
O trabalho tinha como objetivo investigar se o jornalista pela sua formação detém as habilidades necessárias para atuar no copywriting. A estudante realizou entrevistas com alguns jornalistas que atuam na área do copywriting, além de analisar o papel do jornalista dentro da assessoria de imprensa e trazer os pontos positivos e negativos das transformações do jornalismo na Era Digital.
Sobre o trabalho a professora Maiara Carvalho Batista Maduro disse: “Gostei bastante dessa reflexão que tu propôs no teu trabalho, principalmente a parte em que você falou que a ideia não era provar que copy é jornalismo, mas sim mostrar que o jornalista que está atuando nessa função utiliza as habilidades adquiridas na graduação. Achei bem bacana.”

Próximos dias de bancas
As bancas de monografias e projetos experimentais do curso de Jornalismo continuam nesta segunda-feira (12) e se encerram na próxima quinta-feira (15). A Revi continuará cobrindo e mostrando tudo que acontecerá nesses dias tão especiais para os alunos e professores. Acompanhe!