Os grandes vencedores: conheça o grupo joinvilense campeão em danças populares brasileiras no Festival de Dança
O grupo de dança da Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos conquistou pela décima vez, na categoria de Dança Populares Brasileiras, o título de campeão no Festival de Dança de Joinville. Comandado pela professora Elisiane Wiggers, que está com o grupo desde 2002, a equipe é composta por 33 dançarinos, entre 13 a 16 anos, que participam das aulas durante o período vespertino da escola.
Com uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, o Programa Dança na Escola foi criado em 2000, com apoio de duas professoras principiantes, sendo uma delas Elisiane Wiggers. O principal motivo para implantação do programa foi por conta da aculturação da dança na cidade, e obviamente o título de Cidade da Dança. De acordo com a professora, a cidade sentiu a necessidade de uma maior propagação da dança e, nada melhor, que começar dentro das escolas. “Porque não oferecer e dar acesso aos alunos das redes municipais, de ter esse acesso a dança”, pontuou Elisiane.
A partir de 2008, o Grupo de Dança Pedro Ivo, começou a participar do Festival de Dança. Os ensaios sempre são feitos nas segundas, das 11h até às 16h. “Chegando perto do festival, um mês antes, ensaios são feitos todos os dias da semana, nos finais de semana, como no sábado de manhã” destacou Viktor Assis, 15, que está no seu segundo ano dentro do grupo de dança.
Os preparativos começam no mês de setembro, com a seletiva de novos integrantes para o grupo. Os participantes são os próprios alunos que se interessam pela dança ou pelo grupo. Mas um dos desafios enfrentados pelo grupo é a resistência por parte dos colegas e das famílias para atrair dançarinos. Viktor Assis contou que desde de pequeno gostava de dançar, e que sua família sempre o motivou . “Meus tios além de seres advogados, são músicos”, comentou o dançarino, ainda mais incentivo de suas colegas de sala.
Já Gabriela Antonello Backer, 15, teve seu contato com o grupo através de sua madrinha. “Eu gosto de dançar desde de pequena, só que a minha madrinha tinha ajudado um ano e em um dia fomos ao shopping para assistir a apresentação do grupo, e eu e a minha irmã gêmea, ficamos encantadas com o grupo”, contou Gabriela, que logo depois entrou no grupo e já está com o grupo a dois anos.
Ambos alunos contam que além da conquista do título, nada é melhor do que estar nos palcos, Viktor ainda destaca que tem uma grande admiração pela dança popular. Mas, os principais desafios dos dois no primeiro ano foram a tensão e a ansiedade. “No meu primeiro palco, estava extremamente nervoso, e no ano passado no Caboclinho eu acabei ficando com febre na noite competitiva” comentou o dançarino, que ainda destacou que agora não anda sem um dipirona, durante o festival, mas agora no segundo ano já não é algo assustador.
Os figurinos são produzidos pela professora e pais dos alunos. Os croquis são desenhados pela professora e a produção deles é feita pelas mãos dos pais dos alunos, na produção das armações, estruturas, bases, decorações e muitas outras coisas. A professora conta que o apoio é necessário, já que foram feitos 33 figurinos, como os chapéus, na colocação de penas por penas. Já nas escolhas dos temas, exige-se uma pesquisa e o teste dessas danças. “Procuro sempre enaltecer a nossa dança de raiz brasileira, para que os alunos também tenham um acesso a cultura do Brasil”, completou Elisiane. Ainda destacou que grande parte das danças apresentadas para os alunos, quase ninguém conhece, como “O Cabolclinho”, da região de Pernambuco, tema do ano passado. Este ano, no palco do Festival de Dança foi apresentada uma coreografia com a música “Bumba Meu Boi”, que vem do Maranhão. Para ela, isso também é uma forma de incentivo ao contato dos alunos, com as culturas próprias do seu país.