Quem vai levar? Confira as apostas do Grammy Awards 2025
Por Luiza Helena da Rocha
A contagem regressiva para a 67ª edição do Grammy Awards está a todo vapor, com a revelação dos indicados programada para esta sexta-feira, dia 8 de novembro. A divulgação acontecerá por meio de uma livestream no site do evento, no endereço live.GRAMMY.com, e também no canal oficial do Youtube.
Os anúncios começarão às 12h45, no horário de Brasília. Dessa maneira, serão divulgados os selecionados às 94 categorias da premiação, como “Álbum do Ano”, “Gravação do Ano”, “Música do Ano”, “Artista Revelação” e muitas outras.
Vale lembrar que a premiação reconhecerá as melhores gravações, composições e artistas do ano de elegibilidade, de 16 de setembro de 2023 a 30 de agosto de 2024, conforme determinado pelos membros da Academia de Gravação. O evento será realizado no dia 2 de fevereiro de 2025, na Crypto.com Arena, em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos. A cerimônia será transmitida na CBS e estará disponível para streaming na Paramount+.
Quem pode levar indicações no famoso Big 4?
Embora a lista oficial ainda seja segredo, as especulações sobre os possíveis indicados (e vencedores) já entraram em debate durante todo o ano. O famoso “Big 4” representa os prêmios mais prestigiados e importantes da cerimônia, sendo:
- Álbum do Ano: concedido ao artista, compositor(es) e equipe de produção de um álbum completo.
- Gravação do Ano: concedido ao artista e à equipe de produção de uma única música.
- Música do Ano: concedida ao(s) compositor(es) de uma única música.
- Artista Revelação: concedido a um artista promissor, que lançou naquele ano a primeira gravação que fez um maior sucesso ao público (não sendo necessário ser o seu primeiro lançamento).
Confira as principais apostas para as categorias principais:
Álbum do Ano
Beyoncé – “Cowboy Carter”
Sabrina Carpenter – “Short N’ Sweet”
Billie Eilish – “Hit Me Hard and Soft”
Ariana Grande – “Eternal Sunshine”
Chappell Roan – “The Rise and Fall of a Midwest Princess”
Chris Stapleton – “Higher”
Taylor Swift – “The Tortured Poets Department”
Tyla – “Tyla”
Gravação do Ano
Beyoncé – “Texas Hold ’Em”
Benson Boone – “Beautiful Things”
Sabrina Carpenter – “Espresso”
Billie Eilish – “Lunch”
Ariana Grande – “We Can’t Be Friends (Wait for Your Love)”
Hozier – “Too Sweet”
Kendrick Lamar – “Not Like Us”
Chappell Roan – “Good Luck, Babe!”
Música do Ano
“Beautiful Things” (Benson Boone, Jack LaFrantz, Evan Blair)
“Espresso” (Sabrina Carpenter, Amy Allen, Julian Bunetta, Steph Jones)
“Fortnight” (Taylor Swift, Post Malone, Jack Antonoff)
“Good Luck, Babe!” (Chappell Roan, Justin Tranter, Daniel Nigro)
“Lunch” (Billie Eilish, FINNEAS)
“Not Like Us” (Kendrick Lamar)
“Texas Hold ’Em” (Beyoncé, Brian Bates, Nathan Ferraro, Raphael Saadiq, Elizabeth Lowell Boland, Megan Bülow)
“We Can’t Be Friends (Wait for Your Love)” (Ariana Grande, Max Martin, ILYA)
Ressalto que a diferença entre a Gravação do Ano e a Música do Ano é que a primeira categoria considera todo o processo de produção de uma música. Já a Música do Ano considera apenas a composição. Contudo, não é incomum que os vencedores dessas categorias sejam o mesmo artista/música.
Artista Revelação
Benson Boone
Sabrina Carpenter
Megan Moroney
Chappell Roan
Sexyy Red
Shaboozey
Teddy Swims
Beyoncé finalmente levará o prêmio principal?
Como sempre, o ponto alto do Grammy sempre gira em torno dela, Beyoncé, que possivelmente estará na disputa pelo Álbum do Ano com o seu último lançamento, “Cowboy Carter”. A pergunta que eu faço é: será que o Grammy finalmente fará jus à genialidade de Beyoncé? É inevitável lembrar das inúmeras vezes em que ela foi injustiçada nas principais categorias da premiação – um histórico que apenas reforça as inúmeras críticas de racismo que rondam o evento.
Como alguns sabem, eu sou uma grande crítica da premiação por conta de todas as polêmicas que a cercam. Não foi à toa que fiz um levantamento sobre a superficialidade da representação negra no Grammy. Você pode conferir aqui: https://grammy-awards-o-ruido-do-silencio.vercel.app/ (dados atualizados até 2023)
Pois bem, por já entender como funciona a premiação, posso dizer que, por mais inovador e super bem produzido que Cowboy Carter tenha sido, ele não foi sequer indicado no Country Music Awards deste ano, uma exclusão que já me acendeu alertas sobre possíveis “esquecimentos estratégicos” para o Grammy.
Negar que Beyoncé é um ícone absoluto da música é impossível, mas a indústria ainda parece relutar em premiá-la nas categorias principais. Ainda mais quando lembramos que Beyoncé se tornou a artista mais premiada na história do Grammy, com um total de 32 prêmios em 88 nomeações, porém, é importante notar que, dentre esses prêmios, apenas um foi conquistado na categoria principal, quando “Single Ladies” ganhou o prêmio de Música do Ano em 2010. Os demais prêmios foram distribuídos em categorias de R&B, Rap ou Duo – gêneros que, curiosamente, historicamente foram menosprezados pela sociedade.
Ou seja, para mim, ainda não será dessa vez. Até mesmo porque as queridinhas da indústria estarão, provavelmente, concorrendo com Beyoncé. Contudo, como a esperança é a última que morre, vale ressaltar que, ao receber um prêmio honorário na cerimônia de 2024, Jay-Z enfrentou essa questão de frente. “Não quero envergonhar esta jovem (Blue Ivy), mas ela (Beyoncé) tem mais Grammys do que todos e nunca ganhou o álbum do ano, então mesmo pelas suas próprias métricas, isso não funciona”, disse. Então, talvez – bem talvez mesmo – esse discurso surja algum efeito… veremos!
Liniker será uma das representantes do Brasil no Grammy 2025?
Liniker submeteu seu álbum “Caju” nas categorias Melhor Álbum de Música Global e Melhor Álbum de Engenharia, Não Clássico. Só saberemos se ela, de fato, vai concorrer ao Grammy quando for revelada a lista nesta sexta-feira.
Ela já fez história ao ser a primeira artista transgênero a ganhar um Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, com “Indigo Borboleta Anil”, em 2022. Agora, Liniker pode retornar ainda mais forte à disputa internacional com uma obra muito aclamada no Brasil.
Com faixas como Veludo Marrom e So Special (em parceria com Tropkillaz), Liniker também se inscreveu para Melhor Performance Musical Global e Melhor Gravação Dance Pop. Não há dúvida de que o impacto e a singularidade de “Caju” têm potencial para colocá-la no radar internacional e, quem sabe, ela possa se tornar mais uma brasileira a levar um gramofone para casa.