Acessibilidade e jornalismo digital são discutidos no terceiro e quarto dia de bancas do curso de Jornalismo
Por: Fagner Ramos e Diogo de Oliveira
Acessibilidade digital: Uma análise da navegabilidade do portal de notícias NSC Total para pessoas cegas
Com orientação da professora Marina Adriano de Andrade, a acadêmica Maria Fernanda Uller apresentou na segunda-feira (12) a monografia intitulada de “Acessibilidade digital: Uma análise da navegabilidade do portal de notícias NSC Total para pessoas cegas”.
A monografia apresentada contém uma pesquisa feita pela estudante juntamente com a Ajidevi (Associação Joinvilense de Integração para Deficientes Visuais). O estudo é pautado nas recomendações de acessibilidade disponibilizadas pelo Governo Federal. Na fase metodológica, a pesquisa contou com a participação de quatro voluntários cegos, que frequentam a instituição joinvilense. Os voluntários compartilharam suas impressões e sentimentos a partir do uso do site NSC Total para o consumo de notícias.
O objetivo da acadêmica foi analisar, a partir do portal de notícias NSC Total, a acessibilidade ao consumo de notícias por parte de pessoas cegas. A aluna afirma que a principal preocupação ao fazer jornalismo, é fazê-lo de forma democrática, de fácil acesso a todos. O resultado do estudo de Maria demonstra que o site apresenta falhas na acessibilidade, e que precisa de estratégias mais objetivas para conseguir cumprir as recomendações feitas pelo Governo Federal, tanto na parte do conteúdo quanto no comportamento digital do portal de notícias.
Maria obteve nota 9,5 e foi aprovada em sua monografia. A banca de avaliadores contou com a participação dos professores Kérley Winques e João Kamradt, além da presença da orientadora Marina Adriano de Andrade.
#EUSOUAGRO: Uma análise da WebSérie do Globo Rural no Instagram
Na noite de terça-feira (13), o acadêmico Cleiton Roebster, calçando botas em homenagem à sua origem e terra natal, apresentou a monografia “#EUSOUAGRO: Uma análise da WebSérie do Globo Rural no Instagram”, tema que escolheu também em homenagem às suas origens. A orientadora do trabalho foi a professora Kérley Winques.
Com parentes na plateia, a introdução da monografia do estudante foi repleta de emoções, onde explicou sua escolha pelo tema em análise e fez diversas homenagens. “Foi muito involuntário ter o Globo Rural na minha vida”, disse Cleiton. Além de sua identificação com o tema, o aluno justificou a escolha da análise no Instagram por conta da aproximação que a rede social gera. Como disse Cleiton em sua apresentação, a análise não é sobre o conflito do jornalismo tradicional com o digital, e sim uma junção dos dois.
A WebSérie analisada pelo estudante, foi a feita pelo Globo Rural na plataforma Instagram em homenagem ao Dia do Agricultor, no formato vertical, formato que, segundo o estudante, “ajuda a contar a história para outros, pois gera aproximação”. A WebSérie contou com cinco episódios que narram histórias de 13 pessoas. Além de comemorar o dia do agricultor, o projeto do Globo Rural teve como objetivo mostrar o orgulho de ser um produtor rural.
Cleiton finalizou sua apresentação com a frase “eu sempre imaginei estar aqui, e estar aqui hoje é muito gratificante para mim”. O acadêmico foi aprovado com nota 9. A banca era formada por sua orientadora, a professora Kérley Winques, e pelas professoras Marília Crispi de Moraes e Marina Adriano de Andrade.
Projetos experimentais
Deixa Falar: podcast sobre deficiência
A aluna Isadora Castro Nolf, apresentou na segunda-feira (12) seu projeto experimental “Deixa Falar” (podcast sobre deficiência), onde retrata a relação entre Pessoas com Deficiência, a sociedade e a mídia, mostrando como ambas podem perpetuar ou quebrar preconceitos, segundo sua tese.
Inspirado no convívio com seu sobrinho Ravi, que possui uma deficiência intelectual, e em como as pessoas olhavam, sentiam e se comportavam em relação ao mesmo, Isadora teve o start de realizar pesquisas para aprofundar o tema com outros indivíduos que passam por alguma deficiência, mostrando como um assunto que deveria ser tratado com mais naturalidade e humanização por qualquer pessoa, autoridade e mídia, acaba virando um tabu a ser transponível.
Criado para ser uma série em formato podcast, teve início em dois episódios. O primeiro intitulado “De pai para filho” mostra as barreiras enfrentadas pelos pais de Ravi. Já o segundo, nomeado de “Nada sobre nós sem nós”, aparecem os relatos da velocista brasileira Adria Santos, que com uma deficiência visual, tornou-se uma das atletas mais vitoriosas no esporte paraolímpico brasileiro, e da equipe de basquete em cadeira de rodas, Raposas do Sul contando um pouco a rotina, dificuldades e relação com a mídia.
Com orientação da professora Marilia Crispi de Moraes e análises das também professoras Marina Adriano de Andrade e Maiara Carvalho Batista Maduro, Isadora recebeu instruções e dicas de como aprofundar ainda mais um tema muito relevante como o proposto, e obteve aprovação para felicidade de sua Mãe e a irmã Suzana, ambas na plateia. O trabalho foi aprovado com nota 8.
Scale Premium: Jornalismo digital no crossfit
A acadêmica Emilly Julian Huida abriu a terceira noite de apresentações (12) com o projeto experimental “Scale premium: jornalismo digital no crossfit”. A estudante foi orientada pela professora Marina Adriano de Andrade.
O projeto experimental é o perfil no Instagram criado por Emily, “Scale Premium”. A aluna criou este perfil com o intuito de trazer informações sobre o cotidiano do esporte Crossfit, como curiosidades e ensinamentos de como realizar certos movimentos. A página na rede social foi alimentada com conteúdos entre duas a três vezes por semana em diversos formatos que a plataforma disponibiliza, como carrossel, foto fixa, textos e reels.
“O Scale Premium veio como uma maneira atual de informar e manter a atenção das pessoas e trazer o fácil entendimento de questões que apenas lendo, uma pessoa leiga muitas vezes não consegue compreender a informação. Evidenciando a condição adaptativa do jornalismo digital enquanto capacidade de inovar e ser fluido aos fluxos de criação, produção e veiculação da notícia”, afirmou a estudante.
Emilly diz que escolheu o esporte Crossfit para seu projeto experimental pois recebia perguntas através do Instagram sobre sua paixão pelo Crossfit e de sua forte convicção de que as redes sociais seriam parte do futuro do jornalismo.
O projeto recebeu nota 7,5. Além da orientadora Marina Adriano de Andrade, estavam na banca as professoras Kérley Winques e Marília Crispi de Moraes.